Céline Dion no Grammy: entenda doença rara que afastou a cantora dos palcos

A cantora surpreendeu a todos na noite de domingo, no Grammy 2024, ao aparecer para apresentar a principal categoria da noite

Céline Dion fez aparição surpresa no Grammy 2024 | Reprodução/Internet
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Celine Dion surpreendeu a todos na noite de domingo, no Grammy 2024, ao aparecer para apresentar a principal categoria da noite, a de álbum do ano, vencida por Taylor Swift com "Midnights". A aparição surpresa emocionou a plateia, que a aplaudiu de pé. A artista está afastada do palcos para cuidar da saúde, ela foi diagnosticada, no final de 2022, com  Síndrome da Pessoa Rígida.

"Amo todos vocês de volta. Quando digo que estou feliz de estar aqui, eu realmente digo isso do meu coração", disse a cantora. "Aqueles que foram abençoados o suficiente de estarem aqui não devem menosprezar a felicidade tremenda que a música traz para nossas vidas e para as pessoas ao redor do mundo", continuou Celine.

A irmã de Celine, Claudette, que costuma trazer informações aos fãs sobre o estado de saúde da artista, disse, em dezembro do ano passado, que a cantora estava "dedicada" e "trabalhando muito" para combater a doença e seus sintomas, mas o futuro de sua carreira segue incerto. “Nos nossos sonhos e nos dela, a ideia é voltar aos palcos. Em que estado? Não sei", contou. A Síndrome da Pessoa Rígida enrijece a musculatura e causa episódios de espasmos dolorosos que podem acometer desde uma região específica ao corpo inteiro.

O que é a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR)?

A Síndrome da Pessoa Rígida (SPR) é uma doença autoimune rara que afeta uma em cada mil pessoas ao redor do mundo, é predominantemente em mulheres entre 20 e 50 anos, causa rigidez nos músculos, em especial dos membros, podendo levar à invalidez e causando espasmos desencadeados por sensações de medo ou estímulos táteis e auditivos. 

Tratamentos para a doença

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas em casos como o de Dion. “Como a doença não tem cura, os tratamentos para a condição são voltados à redução do impacto dos sintomas na sua qualidade de vida, para isso, geralmente são utilizados medicamentos com efeito relaxante muscular e tratamentos com imunoglobulina utilizando anticorpos”, disse. “A depender do caso de cada paciente também podem ser administrados medicamentos para dor neuropática e espasmos, ou até mesmo anticonvulsivantes, em paralelo a terapias como fisioterapia, hidroterapia, entre outros”, completou.

Segundo Fabiano, pesquisa aponta caminho. “Um estudo que participei, publicado na revista científica Cognitions, analisou que a descompressão medular e radical feita através da discectomia endoscópica transforaminal foi capaz de reduzir a dor disfunção neural por compressão e a dor radicular sem gerar agressões tecidulares, comportamento que pode desencadear os espasmos. Esta também poderia ser uma alternativa para o tratamento de Dion, a depender da análise dos profissionais que a acompanham”, explica Dr. Fabiano de Abreu.



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