Porque a notícia do Submarino desencadeia claustrofobia e ansiedade?

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (22) que encontrou destroços dentro da área de busca do Titan, o submarino desaparecido no último domingo (18)

Submarino Titan, usado pela empresa Ocean Gate na expedição para visitar os destroços do Titanic | Reprodução: Internet
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A forte repercussão e a cobertura da mídia em torno ao desaparecimento do submarino Titan da empresa Ocean Gates, que tinha como objetivo uma expedição aos destroços do Titanic que fica a aproximadamente 370 milhas da costa de Newfoundland, Canadá, no Oceano Atlântico Norte, tem despertado reações radicais para certos leitores. O ator de ler uma notícia ou assistir um vídeo relacionado ao submarino já é motivo para desencadear uma crise de ansiedade em diversas pessoas.

Hosana Maria Siqueira, psicóloga entrevistada pelo Jornal O Globo, explica que o motivo por trás disso é a claustrofobia, o medo de estar em lugares pequenos ou fechados. Essa fobia que pode ser desenvolvida em qualquer fase da vida e não tem uma causa específica, mas pessoas ansiosas ou que passaram por uma situação traumática em espaços apertados podem ser mais propensas.

A pessoa claustrofóbica não necessariamente precisa estar em um lugar apertado para se sentir nervosa. Basta ela se imaginar nesse tipo de situação para começar a se sentir mal. O ator de ler uma notícia, assistir a uma cena de um filme ou, segundo Siqueira, em alguns casos mais graves, simplesmente ouvir uma história, podem despertar essa condição. Os sintomas incluem falta de ar, hiperventilação, tontura, desmaios, taquicardia, sudorese.

Assistir a um filme ou ler uma notícia dispara mecanismos emocionais na pessoa que mexem com essa ansiedade dela, que é a ansiedade de ficar fechada, enclausurada”, explica a especialista. A ansiedade não é apenas emocional, mas também mexe com a fisiologia da pessoa. Quem possui a condição costuma evitar locais que provoquem gatilhos, como elevadores, metrôs, cavernas ou mesmo exames de ressonância magnética. Essa estratégia evitativa é justamente um dos sinais que indicam o diagnóstico, que deve ser feito por um profissional.

E se eu tiver uma crise, o que fazer?

A especialista recomenda que realizar exercícios de respiração durante uma crise ajuda a desviar a atenção do motivo da fobia. No entanto, para tratar e entender melhor o que pode estar por trás desse medo, buscar a terapia é fundamental, de acordo com ela. Uma das estratégias mais populares para tratar fobias é a terapia cognitivo-comportamental, que tem como objetivo transformar reações automáticas em decisões conscientes. As técnicas variam e incluem manter um diário de emoções e experimentar a simulação de situações.



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