Francy Teixeira

Coluna do jornalista Francy Teixeira

Sete municípios do Piauí registram as maiores temperaturas do Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de onda de calor com classificação vermelha para 181 municípios piauienses.

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No sábado (26), sete localidades no Piauí marcaram as temperaturas mais elevadas do Brasil, com destaque para São João do Piauí, liderando a lista com 40.4°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de onda de calor com classificação vermelha para 181 municípios piauienses, incluindo a capital Teresina, com vigência até as 18h da segunda-feira (28).

No último dia 21 de agosto, quatro municípios piauienses figuraram entre as maiores temperaturas da América do Sul: Oeiras, Bom Jesus do Piauí, Alvorada do Gurgueia e Floriano, todas acima de 40 graus, com o pico sendo alcançado por Oeiras com 41º. 

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No ranking das 20 cidades mais quentes do dia, o Piauí teve sete representantes:

  1. São João do Piauí - 40.4°C
  2. São Raimundo Nonato - 39.9°C
  3. Picos - 39.3°C
  4. Alvorada do Gurguéia - 39°C
  5. Paulistana - 39°C
  6. Bom Jesus do Piauí - 38.8°C
  7. Castelo do Piauí - 38.7°C

O estado permanece em alerta vermelho até a segunda-feira, com 181 cidades enfrentando as altas temperaturas. O cenário prevê temperaturas até 5°C acima da média, com riscos de hipertermia, uma condição que pode levar a aumento da temperatura corporal, chegando a níveis perigosos, inclusive fatais.

Piauí enfrenta temperaturas acima de 40 graus (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)Além disso, um alerta amarelo para baixa umidade relativa do ar foi emitido para 200 municípios, onde os índices variarão entre 20% e 30%, exceto nas regiões extremo norte do estado.

As recomendações incluem a ingestão constante de líquidos, a evitar atividades físicas intensas durante as horas mais secas e a reduzir a exposição solar nos horários mais quentes.

De acordo com o Inmet, as ondas de calor, a seca e as inundações estão entre as consequências das alterações climáticas ocorridas nas últimas seis décadas. O Inmet, que faz parte da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e é responsável pelo monitoramento climático do país, realizou um levantamento em 2022 que apontou para um aumento potencial na frequência, intensidade e/ou duração desses eventos climáticos extremos.

O relatório "Normais Climatológicas do Brasil 1991-2020" comparou dois períodos, 1961-1990 e 1991-2020, com o objetivo de analisar as mudanças climáticas ocorridas nas últimas seis décadas no Brasil. Em geral, houve diminuição das precipitações e um aumento de 1,5°C na temperatura média do país. Isso é evidenciado pela comparação das normais climatológicas, indicando um incremento gradual nas médias de temperatura em todo o território brasileiro.

O Nordeste, Norte e parte do Centro-Oeste foram as regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, como ilustrado no mapa da figura 1a, onde os estados do Pará e Tocantins, assim como Maranhão e Piauí, apresentam temperaturas acima de 1,5°C.

Algumas estações meteorológicas do Inmet se destacaram, incluindo Palmas (TO), com um aumento de 2,0°C; Conceição do Araguaia (PA), com acréscimo de 1,9°C; e Floriano (PI), com aumento de 1,6°C.

Observou-se também um aumento nas temperaturas máximas e mínimas, especialmente na região centro-norte do país. São Gabriel da Cachoeira (AM) apresentou aumento de 2,2°C nas máximas, enquanto Bacabal (MA) registrou incremento de 1,8°C nos valores das temperaturas máximas.



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