José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Barroso e Campos Neto dão sinais de que o Brasil pode ser melhor

Barroso chega ao comando da Suprema Corte numa etapa delicada da vida política

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Alguns fatos extraordinários , daqueles que mexem com a cabeça da gente, estão finalmente acontecendo no Brasil durante estes recentes dias passados e os próximos dias futuros, como se ocorressem para nos dizer: tenham calma, o mal por si não perdura.

Começo por lembrar que aquele ministro do STF, que sofreu assédio e ameaça de um terraplanista raso durante uma visita ao exterior, e virou-se para o agressor com esse revide “ perdeu, Mané, não amola”, é Luís Roberto Barroso, que acaba de assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal.

Barroso chega ao comando da Suprema Corte numa etapa delicada da vida política, com um Congresso em desacerto, negligenciado no seu papel de bem legislar, submisso a grupos extremistas que têm por meta conturbar o desenvolvimento, impedir os avanços sociais e atrapalhar a gestão pública nacional.

TAXAR GRANDES FORTUNAS

Outro fato que me desperta a atenção é a manifestação do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, durante depoimento ontem na Câmara dos Deputados, de que é favorável à proposta do Governo Lula de taxar as grandes fortunas que estocam valores financeiros fabulosos em paraísos fiscais no exterior.

Sabemos que Luís Roberto Barroso presidiu o Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022, um dos pleitos mais difíceis da história política do Brasil, perturbada desde o começo pela ânsia de descrédito e desrespeito que o Presidente da República e seus seguidores tentaram imprimir ao pleito, levantando a bandeira de que o sistema eleitoral era violável. E não era. E eles perderam a eleição.

PARLAMENTO RETRÓGRADO

Barroso chega ao comando do STF, portanto, na certeza de que terá que aturar toda sorte de perturbação de parte dos derrotados políticos, sobretudo através da atuação de um Parlamento retrógrado, sem vínculo com o interesse público, interessado em manter privilégios de uma casta dominante e exploradora.

O outro aspecto da surpresa vem do lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que chegou ao comando da instituição nomeado pelo então presidente Jair Bolsonaro, com a marcante característica de ser autônomo, independente, protegido por um mandato que vai até final de 2024.

PEDRA NO CAMINHO

Campos Neto mostrou-se até pouco tempo uma pedra no caminho do governo, levando o BC a sustentar as mais elevadas taxas de juros do planeta, inviabilizando qualquer estratégia de crescimento econômico desejada pelo Governo.

Nas duas últimas reuniões do Copom sob seu comando, o BC abriu o coração para a realidade, e resolveu baixar os juros Selic em 0,50% em cada sessão, significando uma baixa de 1% no total, de 13,75% para 12,75%, o que parecia um milagre diante de histórico enfrentamento.

Ontem, após sua presença numa sessão da Câmara em que defendeu claramente que as grandes fortunas precisam ser tributadas, permitindo assim elevar o caixa do governo e contribuir para a redução das desigualdades, Campos Neto teve, enfim, o primeiro encontro formal com o Presidente Luís Inácio Lula  da Silva, sob o apadrinhamento do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem se revelado um artífice na arte de costurar entendimentos.

Os dois eventos aqui trazidos, servem de alento e esperança de que o Brasil ingresse nos rumos da tranquilidade política, da serenidade no campo jurídico e prosperidade econômica tão desejadas para uma nação que precisa vencer desafios significativos, acumulados, de superar o atraso e oferecer melhor condição de vida a seu povo, com inclusão e dignidade.

O que falta é agora aguardar uma posição decente do Congresso nacional, mergulhado em questões menores, visivelmente servindo a interesses que não são os da população.



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