José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Brasil bate superávit comercial e fecha 2023 com 76 novos mercados

Em 2023, o Brasil atingiu um superávit recorde de US$ 98,8 bilhões no comércio exterior, crescendo 60,6% em relação a 2022.

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O Brasil alcançou, em 2023, um superávit histórico nas suas relações comerciais com o mundo, obtendo um saldo positivo de US$ 98,8 bilhões, crescendo 60,6% em relação às exportações e importações realizados em 2022. O Brasil exportou US$ 339,7 bilhões e importou US$ 240,8 bilhões. As exportações tiveram um acréscimo de 1,7% comparando-se a 2022 e as compras no exterior sofreram uma queda de 11,7%, o que ajudou bastante no resultado final. Trata-se da conquista  mais expressiva obtida pelo país desde que se iniciou a série histórica de medição, em 1989, há 34 anos, portanto.

Esse resultado merece uma análise mais apurada, pois colide com as previsões feitas pelo mercado financeiro, apontadas pelo boletim Focus em janeiro de 2023, que indicavam estimativa de superavit da ordem de 81,3 bilhões para o ano passado, resultado superior em US$ 17,5 bilhões. Além disso, ocorre numa etapa em que são visíveis os confrontos entre os principais agentes econômicos mundiais, sobretudo as disputas estabelecidas por China e Estados Unidos, os dois principais parceiros comerciais. Os maiores compradores ao Brasil foram os chineses, respondendo por 31,1% de toda nossa exportação, seguidos de União Europeia (13,%) e Estados Unidos( 10,8%).

Para que se tenha uma ideia da magnitude das relações comerciais entre Brasil e China, basta citar que pela primeira vez na história do comércio exterior brasileiro  as exportações para um único parceiro comercial ultrapassam a marca dos US$ 100 bi. Foi isso o que se deu com a China no ano passado, quando o Brasil exportou 105,75 bilhões (aumento de 16,5% em relação a 2022). Outro detalhe bastante expressivo dessa relação entre os dois países, é que do total do superavit de US$ 98,8 obtido pelo Brasil, US$ 51,1 bilhões vieram das suas negociações com a China, ou seja, mais da metade de todo o saldo a favor dos brasileiros. Em relação a dois outros parceiros importantes, Estados Unidos e União Europeia, embora os saldos permaneçam positivos para o Brasil, houve queda nas exportações, de 1,5% e 9,1%, respectivamente.

COMMODITIES

As exportações de commodities foram essenciais para dar impulso ao resultado de superavit, responsáveis por mais de US$ 100 bilhões do volume. Nisso contribuíram soja, petróleo, milho, farelo de soja, açúcar, carne bovina e frango. Soja e petróleo comandaram os mais elevados volumes de crescimento de exportação. Só no caso do petróleo, houve um recorde de 81,8 milhões de toneladas, em linha com o crescimento de 19,1% da produção do pré-sal. O faturamento da Petrobrás com exportações bateu os 42 bilhões de dólares.

O papel das relações comerciais com outros países, conforme destaca o Vice-Presidente brasileiro e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem exercício fundamental na economia, com reflexos positivos diretos para o emprego, para a renda e para a prosperidade, com avanço e modernização da indústria, da agropecuária e setores de serviços, o que justifica, segundo ele, o esforço que o Presidente Lula tem desenvolvido no campo mundial, com suas viagens e com a exposição permanente que faz do Brasil perante parceiros de todas as partes do mundo.

DEZ VEZES MAIS DO QUE A MÉDIA MUNDIAL

Um destaque especial para 2023, é o fato de que as exportações brasileiras cresceram dez vezes mais do que a média mundial no ano. Segundo prevê Geraldo Alckmin, em 2024 há a expectativa de se bater a marca recorde de US$ 348 bilhões. Nesse trabalho, tem destaque a ação integrada dos Ministérios da Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e Relações Exteriores, a ação permanentemente direcionada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil).

A Apex, por exemplo, tem sido responsável pela ampliação de zonas de exportação pelo mundo afora, no sentido de aumentar o leque de produtos brasileiros, não apenas aumentando de volume, mas diversificando, o que, de alcance prático, tem feito crescer a presença de novos produtores/exportadores, sobretudo daqueles localizados no Nordeste e no Norte do país. Nesse esforço comandado pela APEX e pelo Ministério da Indústria e Comércio, o Brasil fechou o ano de 2023 com 76 novos mercados para exportar.



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