José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

Marco fiscal e crescimento do PIB são recados ao Banco Central

Aprovação do marco fiscal e crescimento do PIB indicam perspectivas positivas e exigem ação do Banco Central

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 A aprovação do marco fiscal, na semana passada, e a notícia divulgada hoje pelo IBGE de que o PIB do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023 - em clara indicação de que começa uma retomada das atividades econômicas, pondo um freio no desemprego-, são fatos que merecem ser celebrados pelo bom senso, por todos os que desejam ver o país avançar para um mínimo de prosperidade. 

O crescimento do PIB, especialmente, diante de um cenário de pessimismo e de flagrante atuação contrária à normalidade, vindos sobremaneira de setores com atuação no parlamento brasileiro e em expressivos veículos da mídia, tem um significado muito relevante. Demonstra que, mesmo diante da insistente pregação de derrotismo e do anseio pelo fracasso do governo, o Brasil anda, tem enorme capacidade de erguer-se, sobretudo porque é um país que trabalha.

Esse crescimento do nosso produto interno bruto mostra aspectos muito significativos. Primeiro, em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a elevação foi de 4,% e a agropecuária avançou no mesmo período em 21,6%, alcançando sua maior marca. O resultado da Agropecuária, representa a maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996.

 CONTROLE NOS GASTOS PÚBLICOS

A aprovação do marco fiscal tem grande importância para o controle dos gastos públicos e também para dar autoridade ao governo de realizar investimentos em segmentos prioritários, mesmo em face das mutilações significativas que sofreu na Câmara dos Deputados. Daí, a expressão resignada do Ministro Fernando Haddad- depois de idas e vindas nas negociações com a Câmara-, de que considera essa “uma vitória do todo”. Afinal, preservou-se, no mínimo, o direito do atual governo de investir nos mais pobres.

JUROS ALTO

Agora, o PIB, com seu expressivo crescimento de quase dois por cento num trimestre, somando-se à aprovação do marco fiscal, constituem um recado explícito ao Banco Central comandado por Roberto Campos Neto: não existe qualquer motivo, nenhuma explicação lógica, para que os juros Selic se mantenham nesse escandaloso patamar de 13,75%, os mais altos do planeta terra.

Tal implicância em preservar esse desprezível troféu de “maiores juros do mundo”, tem dia e hora para acabar. Não dá para continuar encalacrando na cabeça das pessoas que trabalham, que produzem, de que essa exorbitância de juros serve para conter a possibilidade de elevação dos índices de inflação. Isso é uma falácia, longe da realidade, conforme têm reiterado diversos analistas de economia e o nosso dia a dia tem revelado. Essa insistência do Banco Central entra em rota de coalizão com a realidade.

SINAIS DE ESTAGNAÇÃO DA INDÚSTRIA

Um dado preocupante no PIB revelado pelo IBGE diz respeito ao setor industrial, que apresentou sinais de estagnação, com -0,1%, o que significa carregar nesse desempenho os entraves causados pelo Banco Central de manter as taxas Selic na estratosfera, despejando no final, junto aos bancos financiadores do sistema industrial, taxas ainda mais elevadas, que inviabilizam operações de financiamento.

E sem capacidade de obter financiamento, as indústrias diminuem suas produções e são obrigadas, com retração nas vendas, a operar demissões em suas unidades, contribuindo para a elevação do desemprego. E o mais grave: muitas indústrias e setores de comércio e serviços, têm apresentado sinais sequenciados de falência.

Está na hora, portanto, de por fim a esse império desastroso do Banco Central do Brasil.



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