EUA deixarão de exigir teste de Covid-19 para viajantes internacionais

A medida era uma das últimas restrições pandêmicas em vigor para quem chega ao país

Viajantes não precisarão apresentar teste negativo de Covid-19 nos EUA | Angus Mordant/Bloomberg
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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (10) que irão suspender a obrigatoriedade de que viajantes internacionais, vacinados ou não, apresentem testes com resultado negativo para a Covid-19 realizados no dia anterior ao embarque para o país. 

A medida era uma das últimas restrições pandêmicas em vigor para quem chega ao país, onde morreram mais de 1 milhão de pessoas desde o início da pandemia.

Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à agência de notícias Associated Press, que as restrições deixarão de valer no primeiro minuto de domingo, pelo horário da costa leste americana (01h01, hora de Brasília). O anúncio oficial deverá ser feito nas próximas horas.  

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A decisão foi tomada após o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) determinar que as restrições não são mais necessárias, "baseando-se nos números e na ciência". A medida será reavaliada a cada 90 dias e poderá ser reimposta caso uma nova variante considerada perigosa venha a surgir. Mesmo não obrigatória, a testagem continuará a ser recomendada, disse o New York Times. 

Viajantes não precisarão apresentar teste negativo de Covid-19 nos EUA Foto: Angus Mordant/Bloomberg

Os EUA começaram a abrir suas fronteiras no início de 2021, implementando os primeiros requisitos de testagem. A política atual, no entanto, data de novembro do ano passado, quando a vacinação global já avançava. Ela substituiu as restrições mais duras que baniam viajantes não essenciais de países com cenários epidemiológicos ruins, como o Brasil, a África do Sul e boa parte da União Europeia.

Há sete meses, a reabertura das fronteiras foi atrelada a vacinação dos passageiros, com raríssimas exceções, e os testes realizados antes do embarque. De início, os exames podiam se realizados com até 72 horas de antecedência, prazo que em dezembro foi encolhido para apenas um dia com a disseminação da variante Ômicron.

Com o avanço da vacinação e a queda da mortalidade da Covid, o setor turístico vinha pressionando há meses a Casa Branca a revogar as restrições, retórica que ganhou força conforme outros países, principalmente europeus, foram aliviando suas regras. A obrigatoriedade dos testes, argumentavam, afastava turistas dos EUA.

Em abril, a Casa Branca já havia abandonado a obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões, ônibus e outros meios de transporte públicos após uma juíza distrital da Flórida, Kathryn Kimball Mizelle, determinar que o CDC havia abusado de seu poder ao implementá-la. O governo recorreu do veredicto.

Segundo dados do CDC, cerca de 67% dos americanos tomaram as duas doses iniciais da vacina. Apenas 31%, no entanto, receberam doses de reforço, consideradas importantes para reforçar os anticorpos que se perdem com o tempo. 

O número de vacinados não é tão maior que a estatística planetária: cerca de 61% da população global recebeu as duas injeções iniciais, segundo o Our World in Data. Ao contrário dos EUA, que desde o início de 2021 tem um amplo estoque de injeções, boa parte do planeta, principalmente os países mais pobres, precisou lidar com a escassez de doses.

Cerca de 109 mil pessoas são diagnosticadas por dia com Covid-19 nos EUA, número que permaneceu estável nas últimas duas semanas. O coronavírus mata em média 344 pessoas por dia no país, em sua grande maioria americanos com a vacinação incompleta.

Desde seu início, a vacinação anti-Covid tornou-se fator na polarização política dos EUA, agravada por notícias falsas, teorias da conspiração e pela retórica anticiência do ex-presidente Donald Trump. Apenas 60% dos adultos republicanos estão vacinados, bem menos que os 75% de independentes e 90% dos democratas, segundo números da Fundação Família Kaiser.



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