“Inseto-robô” poderia procurar sobreviventes de desabamentos; entenda

A tecnologia instalada no corpo dos insetos é capaz de detectar movimento, calor corporal e dióxido de carbono exalado pelas vítimas.

Avalie a matéria:
inseto robô | Reprodução/The Economist
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Um estudo realizado por um pesquisador da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, pode ajudar a encontrar sobreviventes em desabamentos de forma mais ágil. A pesquisa liderada pelo professor Sato Hirotaka e noticiada pela revista The Economist propõe instalar mochilas inteligentes a insetos que seriam lançados em meio aos escombros.

A tecnologia instalada no corpo dos insetos é capaz de detectar movimento, calor corporal e dióxido de carbono exalado pelas vítimas. A primeira fase de testes comprovou que o software utilizado para localização das pessoas funcionou 87% das vezes.

Dispositivo que simula uma mochila com sensores e câmera é acoplado aos insetos. (Foto: Reprodução/The Economist)

O dispositivo eletrônico que forma a "mochila" dos insetos é composto de um chip de comunicação, uma bateria, uma câmera infravermelha e sensores capazes de identificar movimentos e dióxido de carbono. Os testes feitos por Sato Hirotaka foram realizados com baratas-de-madagascar, que possuem cerca de 6 cm de comprimento e podem acessar os locais de acidentes com mais facilidade e rapidez. A escolha da espécie também demonstra que o equipamento utilizado é pequeno.

A experimentação do estudo foi realizada em uma zona de simulação de um desastre, com 25 m², que continha blocos de concreto de tamanhos e formas variadas. Entre os blocos estavam pessoas e alguns dispositivos que emitem calor, como um forno micro-ondas, um notebook e uma lâmpada. Com isso, as baratas foram lançadas nos escombros com as mochilas programadas nos pontos inicial e final da busca.

Leia Mais

A decisão tomada pela inteligência artificial do equipamento acoplado no corpo das baratas é feita a partir dos sinais que a câmera e os demais sensores conseguem captar. Caso o programa entenda que encontrou uma pessoa, um alerta é enviado para a equipe de resgate com as informações. A taxa de 87% de reconhecimento de humanos pelo software foi considerada alta, mas o professor acredita que o índice ainda pode ser melhorado com imagens coletadas a partir de outros ângulos.

O professor Sato Hirotaka espera que o projeto possa ser implementado dentro de cinco anos. A próxima fase do estudo se concentra no refinamento do sistema para que ele possa ser usado em ambientes externos. Com isso, será possível comercializar a fabricação das mochilas inteligentes e a automatização de sua fixação aos insetos.

Com informações de The Economist



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES