Você pode até não conhecer o cristianismo a fundo, mas também já ouviu falar em purgatório, não é mesmo? Dizem que se trata de um lugar não muito agradável, onde as pessoas ficam, depois da morte, até que suas almas purifiquem todos os pecados cometidos na Terra e consigam o paraíso ou, então, até que se decida que elas vão mesmo é para o fogo do inferno.
Até aí tudo bem. O problema, no entanto, é que esse tal de purgatório não existia até o século 15 e, por isso, não há lugar na Bíblia onde ele é mencionado. Ele foi “criado” pelo Concílio de Florença, para explicar o que acontecem com os que morrem e não vão direto para o céu, já que essa parece ser uma missão quase impossível.
Mas, o problema sobre o purgatório e toda as demais classificações da Bíblia que tratam da vida após a morte não explicam o que aconteceu com as almas das pessoas que passaram dessa para melhor antes da chegada de Cristo. Não há explicação também para o destino das almas das crianças que morrem sem o batismo. É aí que entra o conceito, também criado, de Limbo, uma espécie de lugar para os espíritos perdidos. Mas esse é um assunto para depois.