Atleta do Fluminense acusa funcionário do clube de racismo; entenda o caso

Gabriel pensa em não nadar mais pelo Fluminense, por ter se sentido humilhado pelo segurança do clube

Avalie a matéria:
O jovem se sentiu humilhado e família denuncia racismo de funcionário | reprodução internet
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Luiz Felipe Ferreira da Silva, de 44 anos, é pai de Gabriel Felipe dos Santos Ferreira, de 15. Ele vem acusando um segurança do Fluminense de ter sido racista com seu filho. Gabriel que é nadador do clube.

Tudo aconteceu na última quinta-feira. Gabriel, depois de treinar entre 4h50 e 6h pediu aos pais para continuar no clube com os amigos e não seguir para a praia com a família.

Após um lanche, ele e a turma, que estava sob supervisão de alguns dos pais, voltaram para a piscina. Como a catraca  com impressão digital não estava funcionando, os sócios podiam seguir por uma roleta ao lado, liberada.

Gabriel diz não querer mais nadar pelo clube depois da humilhação que passou - reprodução

Abordagem

Segundo Felipe e seu filho, por três vezes, o segurança abordou apenas Gabriel com o pedido de carteirinha. Ele estava acompanhado de outras crianças, que seguiram pela roleta.

 Gabriel explicou que usava a digital para passar pela catraca e que não tinha em mãos a carteirinha. Na terceira vez em que só ele foi abordado, Gabriel questionou o motivo pelo qual somente ele teria de mostrar o documento e foi repreendido pelo segurança.

'Fumando maconha'

Quando deixou a piscina e foi para a quadra com os amigos, o profissional foi atrás dele e pediu que ele e os amigos abrissem as mãos. Felipe contou que o segurança justificou a abordagem porque achava que eles "estavam fumando maconha".

A família foi para a delegacia, na 9ª Delegacia de Polícia, para registrar uma queixa crime, por racismo.

— Meu filho foi chorar no banheiro. Quando saiu, o segurança foi atrás dele, achando que ele se dirigia à Administração para fazer alguma reclamação. Quando Gabriel me ligou, disse que o segurança estava atrás dele no clube.

O outro lado

Via nota, o Fluminense informou que abriu procedimento interno para apurar os fatos administrativamente e tomar as medidas necessárias.

 "mesmo após a autoridade policial, procurada pela família do adolescente, ter entendido não ter havido qualquer conduta do colaborador que pudesse caracterizar ilícito penal. Ainda assim, tudo será apurado".

O clube informou que "o colaborador já foi afastado de suas atividades e assim permanecerá enquanto durar a apuração por parte do clube". Como faz parte da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), o funcionário não pode ser demitido.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES