Fernando Diniz é apresentado como técnico da Seleção e evita Ancelotti

Fernando Diniz foi apresentado nesta quarta-feira (05), como técnico interino da seleção brasileira. O evento aconteceu na sede da CBF, no Rio de Janeiro, onde Diniz concedeu uma entrevista coletiva. Na ocasião, ele optou por não mencionar Carlo Ancelotti e enfatizou que não há conflito de interesses em sua permanência como treinador do Fluminense.

“Ancelotti é questão do presidente, vou falar sobre meu estilo. Vou reproduzir o que me trouxe aqui, o que muda é a fartura de jogadores, a melhor matéria-prima do mundo para tentar executar as ideias que eu tenho”, abordou o técnico.

Diversas vezes, durante o evento, Fernando Diniz foi questionado sobre como ele irá conciliar suas responsabilidades entre o clube e a seleção. Quando perguntado se sentia algum dilema ético ao permanecer no Fluminense, o técnico prontamente respondeu da seguinte maneira: “Vou ter que fazer uma convocação e tomar as decisões. E a ética que tenho que vai pautar minhas decisões.”

“E as pessoas vão avaliar conforme o juízo de cada um. Eu que tenho que pensar o que devo pensar e deliberar sobre minhas decisões. Estou extremamente tranquilo, e nesse ponto a CBF apontou a pessoa certa”, continuou.

“A ética tem a ver com a pessoa que vai tomar as decisões. Se as pessoas presumem que vai ter conflito de interesse, vai dizer que não tenho ética. Se eu tomasse minhas decisões com base naquilo que pensam, não faria nada no futebol. Porque minha carreira é muito mais recheada de críticas do que de elogios por causa da minha maneira de enxergar o mundo “, disse.

Diniz possui um contrato de um ano com a seleção brasileira, assumindo o comando da equipe até a chegada de Carlo Ancelotti. A CBF confirmou a contratação do treinador italiano como certa e, na terça-feira passada, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, anunciou que Ancelotti assumirá a posição a partir da Copa América de 2024.

“Não conheço o Ancelotti (pessoalmente). Uma condição muito clara para realizar o meu trabalho é total liberdade, e uma das coisas que tenho que fazer é a convocação. Presidente foi muito claro com isso. Eu converso com muita gente, jamais conseguiria fazer as coisas que faço sozinho”, declarou Diniz.

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