Justiça arquiva processo de eleição do River; oposição deve recorrer

O desembargador Francisco Antônio Paes Landim extinguiu o processo que colocava sub judice a eleição para presidente do River-PI, ocorrida em janeiro de 2021. O  processo foi transitado em julgado e o presidente eleito, Ítalo Rodrigues, assume definitivamente o cargo.

Um dos principais impasses foi quanto a quantidade de sócios votantes, pois uma das chapas teria anistiado os sócios inadimplentes com o clube para poder votar e a outra chapa discordou.

Ítalo Rodrigues assume definitivamente a presidência do River-PI 

O processo foi extinto após haver um acordo entre as partes.  “Quando as partes chegam a acordo, sem nenhum vício de vontade, nada mais incumbe ao juiz, em primeiro ou segundo grau de jurisdição, senão homologar a transação havida”, destacou o desembargador em sua decisão.

Ítalo Rodrigues foi eleito para a função máxima do Tricolor no triênio 2021-2023, tendo com vice-presidente Genivaldo Campelo, que comandou o Galo de 2018-2020.

O presidente destaca que impasse chega ao fim e, a partir agora, focará ainda mais nas ações para melhorar o desempenho do time para as finais do Campeonato Piauiense 2022 .

“Foi um acordo compactuado entre as partes e homologado pela Justiça, portanto, o resultado das eleições agora é definitivo. Vamos fazer a reestruturação do corpo administrativo do clube, com a criação da Diretoria Executiva de Futebol Profissional e de Base, a qual terá a frente Marco Antônio Araújo, que já foi nomeado”, destaca o presidente.

OUTRO LADO

O candidato da chapa "Resultado e Transparência", Robert Ibiapina, afirma que não fez acordo e vai recorrer ao processo. Ele acusa o seu ex-advogado, Marcus da Costa, de ter agido sem a sua anuência e o denunciou  na Ordem dos Advogados do Brasil- OAB-PI e apresentou uma notícia crime na polícia. 

Robert contratou um novo advogado, Afonso Freitas, para dar seguimento ao processo. O advogado explica que, no dia 10 de março de 2022,  foi anexado ao processo um acordo assinado pelos advogados das duas partes, homologado no dia 11 de março pelo desembargador Paes Landim. 

Logo após a homologação, os já citados advogados juntaram outra petição conjunta renunciando o prazo de recurso e pedindo o arquivamento definitivo do processo. 

“Quando o senhor Robert soube do acontecimento me contratou para anular esse acordo fraudulento, que foi feito pelo seu ex- advogado (Marcus da Costa), sem o seu consentimento, contrariando os interesses dele, pois o Tribunal de Justiça do Piauí já havia decidido sobre a anulação da eleição do River e determinado a realização de uma nova”, destaca Afonso Freitas.