Brasileiros que saíram de Gaza agora são ameaçados no Brasil e pedem proteção

Hasan Rabee fez nesta semana, um pedido oficial de proteção para ele e sua família, ao estado brasileiro.

Hasan Rabee registrou rotina de refugiados brasileiros em Gaza | Reprodução
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Os brasileiros refugiados em Gaza vivenciaram momentos difíceis no Oriente Médio, mas agora, no Brasil, são ameaçados. É o que afirmou Hasan Rabee, que fez nesta semana, um pedido oficial de proteção para ele e sua família, ao estado brasileiro.

"Saímos da guerra para nos sentir seguros em nosso país, e agora aqui não conseguimos ter segurança, xenofobia, ameaças", disse Hasan Rabee, um dos 32 moradores de Gaza que chegaram ao Brasil na segunda-feira (13). "Da violência física da guerra para outras violências", lamentou.

Nas redes sociais, Hasan vem sendo alvo de ameaças, além de campanhas de ódio e difamação. O UOL teve acesso a algumas dessas mensagens, revelando os ataques. A operação de pedido de proteção está sendo realizada por Talitha Camargo da Fonseca, especialista em direito público e que atua na promoção e proteção de direitos humanos.

O sistema de proteção existente no Brasil para este caso é o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania Segundo Talitha, "como Hasan era um dos únicos com internet estável, ele acabou se tornando símbolo da divulgação da violência perpetrada em Gaza e é ativista por direitos humanos". 

"Solicitei para Hasan e sua família amparo psicológico pelo programa pró-vítima. Pois não podemos receber pessoas de uma guerra sem oferecer oferta adequada de proteção e reconstituição de identidade depois de tudo que assistiram", relatou alitha Camargo da Fonseca, mestre em ciências, tecnologia e sociedade, em reportagem do UOL. 

Hasan ficou conhecido por seus vídeos que descreveram o cotidiano das famílias brasileiras em Gaza. Mas deixou para trás três pessoas que, agora, espera poder socorrer.

O governo afirmou ao UOL que estava ciente dos ataques sofridos por Hasan. A percepção no Executivo é de que são condenáveis tanto as manifestações de ódio, sejam elas contra quem forem, tanto de antissemitismo quanto de islamofobia.

Nos dias da retirada do grupo de Gaza e viagem ao Brasil, circularam nas redes sociais postagens antigas de Hasan nas quais ele sugeria queimar ônibus em Israel, em 2015. Dias depois, no Jornal Nacional, ele afirmou que não se lembrava das postagens e que poderia ter postado "com raiva".

"Não sou a favor de violência nenhuma, sou a favor da conversa, sempre", disse. "Pode ser que eu tenha postado com raiva. Mas, em 2015, não me lembro de nada", completou.



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