Cartório afirma que homem morto em Minas Gerais tinha 127 anos

De acordo com documentos apresentados no órgão, José Paulino Gomes teria nascido no dia 4 de agosto de 1895.

José Paulino Gomes, 127 anos | Reprodução - Foto: Divulgação
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Na última sexta-feira (28), um homem identificado como José Paulino Gomes, teve sua morte registrada em Pedra Bonita, na Zona da Mata, Minas Gerais, aos 127 anos. De acordo com o Cartório Silva, sendo ainda o único da cidade, o idoso teria sua data de nascimento registrada no dia 4 de agosto de 1895, baseado em sua certidão de casamento, expedida no ano de 1917.

"De acordo com o registro, ele se casou com 22 anos. Presume-se que realmente ele nasceu antes de 1900. Raramente se casava homens com 17 anos", afirma o assessor jurídico do cartório, Willyan José Rodrigues de Souza,

Em uma entrevista ao G1, a neta do falecido, Eliane Ferreira, contou que uma semana antes do avô completar seus extraordinários 128 anos, seu José poderia ter sido considerado o ser humano mais velho vivo no mundo. Atualmente, quem ocupa o primeiro lugar no ranking do livro de recordes mundial “Guinness World Records” é uma senhora espanhola chamada Maria Branyas Morera, com seus 115 anos.

De acordo com a família de José Paulino, seus documentos pessoais apresentavam algumas informações diferentes, que nunca seguiam um padrão. Por isso, numa tentativa de descobrir a verdadeira idade do idoso, a solução escolhida foi recorrer ao cartório do município.

Imagem da certidão de casamento que comprova a idade de José Paulino/Reprodução: Divulgação

"No interior aqui, geralmente, as pessoas são registradas quando já estavam mais velhas. Tem vários casos com a documentação errada. Mas a documentação dele foi abaixo do que ele tinha. Tem uma senhora aqui perto com 98 anos. Ela fala que conhecia ele quando ele já era um rapazinho. Foi quando a gente teve a curiosidade de confirmar a idade e procurou o cartório para saber qual era a certa.  Com certeza mais de 100 anos ele tinha, pelo menos 110. Agora a gente precisa saber como vai ficar na certidão de óbito", explica Eliane Ferreira, neta de José Paulino.

De acordo com os familiares, seu José era considerado um amansador de animais, morava no Córrego do Café, localizado na zona rural de Pedra Bonita. José era viúvo e deixou na terra cerca de sete filhos, 25 netos, 42 bisnetos e 11 trinetos. "Ele era muito simples, muito humilde. O diferencial dele é que não gostava de nada industrializado, só coisa de interior, natural. Criava galinha, criava porco... A comida dele era toda daqui mesmo, tinha que ser plantada ou criada aqui. E sempre gostou de tomar uma pinguinha", contou Eliane.

"Há quatro anos ele já não andava a cavalo. Há aproximadamente um mês estava de cama. Vai deixar muitas histórias e lembranças para todos nós", afirma outra neta de José, Fabíola Oliveira.

Ainda segundo familiares, a causa da morte do tão vivido idoso teria sido uma falência múltipla dos órgãos, provavelmente causado pela idade muito avançada. O enterro de José será realizado ainda hoje, sábado (29), às 16h, no Cemitério do Córrego dos Fialhos, localizado em Pedra Bonita.



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