Agência Fitch eleva nota de crédito do Brasil e pressiona Campos Neto

A elevação da nota do Brasil é mais um componente de pressão ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Roberto Campos Neto é pressionado por redução na taxa de juros | Lula Marques/Agência Brasil
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Nesta quarta-feira, 26 de julho, a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável, em reconhecimento aos esforços do governo para melhorar o ambiente econômico.

Essa melhoria no rating considera não apenas as ações já realizadas, mas também a expectativa de que o país continue com a agenda de reformas econômicas, incluindo a Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional, que busca simplificar um sistema complexo e corrigir distorções que afetam a alocação de capital.

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As medidas em andamento estão refletindo em resultados positivos, com a agência projetando um crescimento do PIB real de 2,3% em 2023 (anteriormente esperava-se 0,7%) e convergência para um crescimento estrutural de 2% ao ano no médio prazo. Além disso, espera-se que os esforços para melhorar o balanço fiscal levem a resultados primários de 0% do PIB em 2024 e 0,5% do PIB em 2025, resultando em uma taxa de dívida/PIB que aumentaria para 75% em 2023, mas se elevaria de forma mais moderada nos anos seguintes, comparado a projeções passadas. No cenário em que as metas de primário sejam alcançadas e com maior crescimento do PIB, espera-se que a dívida se estabilize. A continuidade das reformas poderá levar a melhorias adicionais nessas projeções.

Outros fatores positivos que sustentam a nota de crédito do Brasil incluem sua economia grande e diversificada, sua capacidade de absorver choques, uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas, uma posição de credor externo líquido soberano, uma gestão da dívida pública com colchão de liquidez de 11% do PIB e uma composição de dívida predominantemente em moeda local, além de um mercado doméstico bem desenvolvido, o que confere flexibilidade ao financiamento soberano no país.

A Fitch ressalta que, apesar dos desafios políticos que persistem, importantes avanços em reformas essenciais foram alcançados, impulsionando o crescimento e aprimorando as finanças públicas. A agência espera que a governabilidade e o progresso das reformas continuem, o que foi fundamental para a melhora da nota de crédito do país.

O Ministério da Fazenda reafirmou seu compromisso com a agenda de reformas em curso, destacando sua contribuição para um melhor balanço fiscal do governo, redução das taxas de juros, melhoria das condições de crédito, estabilidade de preços e a criação de condições para ampliar os investimentos públicos e privados, gerando empregos, aumentando a renda e impulsionando a eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

REFLEXOS - A elevação da nota do Brasil é mais um componente de pressão ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para que haja uma redução na taxa básica de juros, a Selic; a expectativa é que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) seja aprovada a queda de ao menos 0,25%, passando de 13,75% para 13,50%



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