Fuga de brasileiro nos EUA não altera pena, mas pode piorar vida na prisão

O brasileiro Danilo Cavalcante, que conseguiu fugir de uma prisão no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, responde às acusações adicionais, embora ele já esteja sentenciado à prisão perpétua e, portanto, não enfrentará uma pena mais severa.

“Ele não pode receber uma pena mais séria do que a prisão perpétua”, disse Dan Bush, um ex-promotor do condado de Chester.

O condado de Chester, onde a prisão da qual Danilo escapou em 31 de agosto está localizada, é exatamente a área em que ocorreu sua fuga. Ele foi sentenciado à prisão perpétua por ter cometido o assassinato de sua ex-namorada.

Brasileiro recapturado nos EUA( Foto:  Reprodução)

As autoridades da Pensilvânia organizaram uma extensa operação envolvendo centenas de agentes para recapturar o fugitivo, o qual foi detido após duas semanas. Durante esse período, ele cometeu uma série de outros crimes, incluindo invasões a residências, roubo de veículos e até um confronto armado com um residente local.

O brasileiro deverá enfrentar acusações formais relacionadas a esses crimes adicionais. Após sua recaptura, ele foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima. No entanto, segundo Bush, a situação de Danilo na prisão deverá se agravar, pois ele será classificado como um prisioneiro de alto risco de fuga, o que implicará em restrições significativas em relação aos seus direitos durante o cumprimento de sua pena. 

No presídio, existem diretrizes estabelecidas sobre as atividades permitidas para cada detento, e essas restrições serão rigorosamente aplicadas. Além disso, Bush também enfatiza que os agentes penitenciários têm o poder de tornar a vida do brasileiro mais difícil durante seu período de encarceramento.

O brasileiro também é alvo de uma busca por homicídio no Brasil, motivo pelo qual fugiu do país. Seu trajeto inicial incluiu uma parada em Porto Rico, onde conseguiu documentos falsificados, antes de chegar à região nordeste dos Estados Unidos, conforme relatado pelo jornal "Philadelphia Inquirer", que tem acompanhado o desenrolar do caso.