Governo do RS anuncia decreto de estado de calamidade pública

Durante uma coletiva de imprensa, Leite descreveu a situação como a “maior tragédia natural já registrada no Rio Grande do Sul”

Governo do RS anuncia decreto de estado de calamidade pública | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Na tarde de quarta-feira, 6 de setembro, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, anunciou sua intenção de assinar um decreto de estado de calamidade pública em resposta às devastadoras enchentes que assolaram o estado. O governador planeja formalizar esse decreto no final do dia. Durante uma coletiva de imprensa, Leite descreveu a situação como a "maior tragédia natural já registrada no Rio Grande do Sul" e compartilhou sua experiência desoladora ao sobrevoar diversas cidades no Vale do Taquari, localizada na região central do estado. 

Na manhã desta quarta, Leite sobrevoou a região junto com representantes do governo federal, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Ele disse ainda ter recebido um telefonema do presidente Lula (PT). Segundo o governo do RS, há 18 rodovias com bloqueios totais ou parciais, em função do transbordamento dos rios.

Governo do RS anuncia decreto de estado de calamidade pública - Foto: Reprodução/Twitter

As intensas chuvas causaram a destruição de duas pontes, uma delas localizada na ERS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, e a outra na ERS-431, próximo a Bento Gonçalves, na divisa com São Valentim do Sul. Além disso, houve o desabamento da cabeceira da ponte sobre o Arroio Passo Novo, na RSC-377, situada em Cruz Alta. Nesta quarta-feira, o Governo do Rio Grande do Sul confirmou um triste aumento no número de vítimas da enchente, elevando o total de mortes para 31 desde o início das chuvas na segunda-feira (4). Também foi relatado um óbito relacionado às chuvas em Santa Catarina.

As mortes confirmadas nesta quarta ocorreram em Roca Sales, Lajeado e Estrela. As cidades pertencem ao Vale do Taquari, a região mais afetada pelas fortes chuvas. Com o volume das chuvas, o rio Taquari transbordou e atingiu imóveis e estradas. A maior preocupação da Defesa Civil é com a situação dos municípios de Roca Sales e Muçum. Conforme as autoridades, o acesso ao primeiro só é possível por estradas vicinais. Relatos do local dizem que o cenário é de devastação, com 80% da cidade destruída e pessoas em estado de choque.

Muçum encontra-se atualmente isolada por via terrestre, enfrentando a falta de abastecimento de água e eletricidade, além de desafios significativos na comunicação por telefone e acesso à internet. De acordo com informações da Defesa Civil de Lajeado, um total de 22 corpos estão temporariamente armazenados em um caminhão frigorífico no Parque do Imigrante, aguardando o transporte para Porto Alegre, onde o Instituto-Geral de Perícias realizará os procedimentos necessários. A maioria desses corpos é proveniente de Muçum. 

Governo do RS anuncia decreto de estado de calamidade pública - Imagem: Reprodução/Twitter

Mais três aeronaves devem reforçar o trabalho de resgate de moradores nas regiões mais afetadas. Conforme a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, estão sendo aguardadas aeronaves dos governos de Santa Catarina e do Paraná e também do Exército. Na manhã desta quarta, seis aeronaves já operam nos resgates, incluindo uma da Aeronáutica e outra da Marinha. Também há aeronaves do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar, da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina informou que mais de 20 bombeiros militares seguem para o estado vizinho, com helicóptero, seis viaturas 4x4 e um caminhão de abastecimento.

O governo do Paraná também vai mandar uma equipe do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas. Serão dois policiais militares e dois bombeiros militares. A equipe deve chegar às 17h em Lajeado (RS). No início da noite de terça, o governador do Rio Grande do Sul havia pedido ao governo federal que mais aeronaves pudessem atuar no resgate dos moradores. "A noite chegou, a temperatura caiu e há pessoas aguardando por socorro ao ar livre", escreveu ele, em uma rede social. Com as casas invadidas pela água, o resgate tem sido feito pelo telhado. Os moradores resgatados estão sendo levados para abrigos organizados pelos municípios.

(Com informações da Folhapress - Catarina Scortecci e Caue Fonseca)



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES