A intensidade do fenômeno El Niño deve variar de moderada a forte nas duas próximas estações (primavera e verão), intensificando seus efeitos no Brasil. É o que alerta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) após identificar esse cenário na maioria dos modelos climáticos analisados.
No entanto, o Inmet informou que os modelos também apresentam divergências. “A discordância está na intensidade do El Niño nos próximos meses. Diante disso, a incerteza nos modelos torna crucial o monitoramento contínuo do fenômeno e os possíveis impactos em diferentes regiões do Brasil”, afirma o agrometeorologista Cleverson Freitas.
A atmosfera mais aquecida deve contribuir para chuvas de verão em forma de pancadas. Além disso, as correntes polares tendem a enfraquecer, reduzindo o risco de geadas durante o inverno.
Os impactos climáticos provocados pelo El Niño são diferentes em cada região do País. Durante a primavera, que inicia no dia 23 de setembro e segue até dezembro, e durante o verão, de 22 de dezembro a 20 de março, há previsões de temperaturas mais elevadas nas regiões Norte e Nordeste e chuvas acima da média nas demais regiões do país.
"Nas regiões Norte e Nordeste, a tendência é de seca mais severa e aumento dos focos de incêndio. Já nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, ocorre o aumento das temperaturas médias e irregularidade nas chuvas. Por fim, no Sul do Brasil, as chuvas ficam acima da média, especialmente durante a primavera e o verão, o que pode levar a enchentes e deslizamentos de terra", informou o INMET.
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