Brasil sobe tom por resgate em Gaza e fala de 'relação insustentável'

A diplomacia brasileira intensificou seus esforços para garantir o resgate de cidadãos brasileiros presos na Faixa de Gaza, que não têm permissão para deixar a área de conflito via fronteira com o Egito. Esse grupo é composto por um total de 34 pessoas, incluindo 24 brasileiros e 10 palestinos que são parentes dos brasileiros. O processo de negociação para a resolução deste problema agora envolve figuras-chave, como o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o Assessor Especial Celso Amorim e até mesmo o presidente Lula (PT). As informações são do Blog da Daniela Lima/g1.

Segundo uma fonte do Blog, que acompanha a nova tentativa de acelerar a saída dos brasileiros, a diplomacia de Lula tem ressaltado o peso do Brasil na América Latina, e o ambiente controverso e crítico ao modo como Israel tem conduzido a resposta ao atentado do grupo terrorista Hamas, que inaugurou a guerra.

Em 31 dias de conflitos, mais de 10 mil mortes foram relatadas em Gaza, conforme o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Entre as vítimas, estima-se que pelo menos quatro mil eram crianças. Importante ressaltar que esses números não foram confirmados de forma independente. Em Israel, o ataque do Hamas resultou em 1.400 mortes, incluindo crianças, e cerca de 200 pessoas estão sendo mantidas como reféns pelo grupo terrorista.

Nesse contexto, o governo brasileiro enviou uma mensagem de advertência a Israel, destacando que as relações diplomáticas se tornariam insustentáveis se algo ocorresse com os brasileiros na zona de conflito. Além disso, o Brasil enfatizou que tem um avião, cedido pela Presidência, pronto no Egito há semanas, aguardando para resgatar o grupo que se encontra em Gaza. Nas conversas, o Brasil também sublinhou que foi uma das primeiras nações a fornecer uma lista das pessoas em Gaza que precisavam de repatriação.