Coroa Britânica vive escândalo por linha de joias possuir termos racistas

O acervo de joias reais da coroa foi publicado, mas logo em seguida tirado do ar por possuir termos racistas em suas denominações.

Joias da Coroa Real Britânica | Royal Collection Trust - Fonte: Reprodução
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A família real britânica vive um escândalo desde a última quinta-feira (13), quando o catálogo intitulado de “Gemas e joias antigas e modernas”, do termo original em inglês “Ancient and Modern Gems and Jewels”, publicado pelo Fundo da Coleção Real, o “Real Royal Collection Trust – RCT” apresentou publicamente a seleção de pedras preciosas e joias que são usadas nos artefatos da realeza britânica. 

O “imprevisto” que retirou o cátalogo do ar, foi pelo motivo de haver mais de 40 menções denominando as joias com termos racistas e ofensivos. De acordo com informações da reportagem publicada pelo jornal “The Independent”, responsável por apontar publicamente o problema, o documento com os termos foi publicado no site oficial do órgão pelo Royal Collection Enterprises Limited, no ano de 2008. 

A descoberta do catálogo ocorreu recentemente após o mesmo periódico revelar que, há duas semanas, alguns “documentos” do Departamento de Trabalho e Pensões do Reino Unido também estavam usando termos discriminatórios. No catálogo publicado, os termos ligeiramente preconceituosos são usados para se referirem principalmente a pessoas que possuíam ascendência africana e apareciam nas joias reais. 

Além disso, em sua maioria, as palavras são referentes à nomes de itens da coleção, como um broche que é denominado “Cabeça de 'negão' em perfil de três quartos à direita, com brinco de pérola pendente. Esse tipo de cabeça de negro é encontrado em vários camafeus do século XVI”, consta no catálogo. O órgão que fica responsável pelo catálogo das joias afirmou que os documentos atualmente estão “sob revisão”. 

O órgão da realeza também é um dos responsáveis por administrar as peças reais britânicas, considerada a maior coleção de arte e de joias privada do mundo. Alguns meses atrás, em 2022, a família real havia enfrentado uma onda de protestos públicos depois de uma funcionária real ter questionado a origem de uma mulher negra que estava ocupando o cargo de executiva.

No ano de 2021, a atual duquesa de Sussex, Meghan Markle, sendo a primeira mestiça em muitos séculos a se casar com um nobre da realeza britânica, afirmou durante uma entrevista, que um membro da família real, o qual a duquesa preferiu não identificar, havia feio uma pergunta um tanto quanto inconveniente ao príncipe Harry.  

A pergunta se referia a qual o tipo de tom escuro que a pele de seu filho poderia ter, antes mesmo do filho do casal nascer. Na época, com a repercussão da fala de Meghan, a rainha Elizabeth II exigiu que um comunicado fosse emitido constando que o tema do seria tratado de maneira privada entre a coroa, e ainda pontuou que “algumas lembranças podem variar”.



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