Mulher presa por racismo contra enfermeira já cometeu o mesmo crime 14 vezes

De acordo com o histórico de denúncias, a servidora pública presa por racismo já havia cometido o crime pelo menos 14 vezes.

Mulher é presa após cometer racismo contra enfermeira em hospital | Reprodução - Foto: Divulgação
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Uma mulher identificada como, Ana Elizabeth Avelino Caldas, de 71 anos, foi presa na última segunda-feira (10), após proferir diversas palavras e xingamentos racistas contra uma enfermeira negra, durante um atendimento no hospital do Lago Sul, localizado em Brasília. As autoridades descobriram que a idosa tinha um enorme histórico de denúncias de crimes de racismo, injúria racial e preconceito.

Ana Elizabeth está cumprindo pena em liberdade provisória após um caso recente, onde foi presa dentro do hospital, por ter chamado a enfermeira de “negrinha” e dito que a funcionária “não servia nem para ser enfermeira de UPA de casebre”, de acordo com relatos de testemunhas. Em seu histórico policial, Ana carregava casos nos quais ela ofendeu vários servidores públicos em diversas situações diferentes, como quando agrediu verbalmente uma gari, com gritos de “porca”, “imunda” e “lixo”,  e quando afirmou que se recusava a ser atendida “por uma preta” em uma lanchonete.

No ano de 2015, ela teria xingado e atacado agressivamente uma outra funcionária de limpeza, que estava usando o banheiro de um supermercado do Lago Sul. “Você é uma imunda, que não passa de um lixo! Por isso que está nesse serviço”, afirmou, de acordo com relato da vítima. Depois disso, ela teria até partido para a agressão contra a mulher, e para fugir das autoridades, se trancou no banheiro. Após horas de negociação, alguns agentes precisaram imobilizar a idosa para aplicar fortes calmantes, já que a mesma estava descontrolada.

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Um outro caso em que Ana Elizabeth foi levada à delegacia, ocorreu em 2019, quando a Polícia Civil havia destacado no registro que a idosa possuía na época “28 ocorrências, sendo que em 14 é apontada como autora de fatos similares, possuindo diversos indiciamentos”, afirma documento. Algumas vítimas que já sofreram nas mãos da acusada, relataram as autoridades que Ana, é servidora aposentada do Banco Central, possui o costume de frequentar certos estabelecimentos somente para ofender ou humilhar os funcionários.

Outros crimes de injúria e discriminação racial se repetem na ficha da criminosa. No ano de 2017, ela xingou um porteiro de um prédio de “preto fedido, asqueroso e inútil”, além de ter acusado o agente terceirizado de ter roubado sua bolsa, que ela mesmo teria esquecido no banheiro momentos antes.

Nesta terça-feira (11), a Justiça do Distrito Federal acabou concedendo a Ana uma liberdade provisória, sem o direito de pagamento de fiança, após terem avaliado que ela possui o diagnóstico de transtorno bipolar desde o ano de 2004. A mulher tem se mantido em surto psicótico, onde não conseguiu se conter e participar na audiência. Por esse fator a idosa chegou a ser encaminhada para um atendimento psicossocial e sua oitiva foi dispensada.



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