Em menos de 48h, ataque surpresa de Hamas em Israel deixa rastro de 820 mortes

Segundo a imprensa internacional, são 500 mortes em Israel e 313 óbitos de palestinos em Gaza

Invasão surpresa | Reprodução
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Após uma série de ataques perpetrados pelo grupo extremista islâmico armado Hamas a Israel neste sábado (07), as autoridades confirmam pelo menos 820 mortes, segundo informações da agência de notícias Al Jazeera. Desse total, 500 são do lado israelense e 313 são palestinos em Gaza e 7 da Cisjordânia. Os ataques concentraram-se principalmente na parte sul de Israel, com milhares de foguetes lançados, enquanto militares israelenses afirmaram que terroristas se infiltraram no território a partir da Faixa de Gaza. O saldo inclui mais de 1,6 mil pessoas feridas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou, em nota, que está em contato com 90 brasileiros que residem em Israel e na Faixa de Gaza. Segundo o Itamaraty, há aproximadamente 14 mil brasileiros em Israel e 6 mil na Palestina. O órgão também informou sobre um brasileiro ferido e dois desaparecidos, que estavam em uma festa rave no sul do país quando o local foi alvo de bombardeios e ataques.

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Israel sofreu bombardeios e invasões terrestres na manhã deste sábado, considerados pelas autoridades do país como um dos maiores da história. O grupo Hamas reivindicou a autoria dos ataques, afirmando ser o início de uma operação. O comandante do Hamas, Mohammad Deif, anunciou que este é o dia da maior batalha para encerrar a última ocupação. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu convocou reservistas do exército, declarando que estão em guerra e que lutarão com um poder ainda desconhecido pelo inimigo. Até o início da manhã deste sábado, cerca de 2,2 mil foguetes foram disparados em direção a Israel.

Como se originou o conflito?

O embate entre Israel e Palestina tem uma trajetória que se estende por décadas, iniciando-se em sua forma moderna em 1947. Nesse ano, as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados na Palestina sob mandato britânico, um judeu e outro árabe. Embora a proposta tenha sido aceita pelos líderes judeus, foi rejeitada pelo lado árabe e jamais implementada.

Diante da incapacidade de solucionar a questão, os governantes britânicos deixaram a região, e, no ano seguinte, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, gerando revolta entre os palestinos e desencadeando a Guerra árabe-israelense de 1948. A situação a respeito dos territórios permaneceu em impasse, até que, em 1967, eclodiu a Guerra dos Seis Dias, alterando significativamente o cenário na região. Israel emergiu vitorioso, conquistando à força a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, anteriormente sob domínio da Jordânia, além da Faixa de Gaza, administrada pelo Egito. Nessa época, meio milhão de palestinos fugiram.

Ao longo dos anos, durante diversos conflitos e confrontos, Israel anexou Jerusalém Oriental, onde se encontram locais sagrados para cristãos, judeus e muçulmanos, e permanece ocupando a Cisjordânia. No entanto, em 2005, retirou-se da Faixa de Gaza, que passou a ser controlada pelo movimento islâmico Hamas desde 2007. A solução apontada pela comunidade internacional é a criação de um Estado palestino que coexista pacificamente com Israel.

A resolução do conflito, entretanto, depara-se com disputas aparentemente cada vez mais insolúveis, incluindo a segurança de Israel, as fronteiras, o status de Jerusalém e o direito de retorno dos refugiados palestinos, que fugiram ou foram expulsos de suas terras.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com



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