Investigação aponta que exército de Israel executou participantes de rave

Os dados foram divulgados pelo Haaretz, o maior jornal de Israel, que teve acesso à investigação policial.

De acordo com a estatística oficial, 364 pessoas morreram no evento durante o confronto. | Reprodução
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Um helicóptero israelense que atacou terroristas do Hamas no dia 7 de outubro deste ano após o grupo romper a cerca de isolamento de Gaza, também atingiu e matou jovens inocentes que estavam em fuga da rave Supernova. A informação foi divulgada neste sábado (18) pelo Haaretz, o maior jornal de Israel, que teve acesso à investigação policial.

A rave - festival de música eletrônica, teve a participação de 4.400 pessoas e a grande maioria conseguiu fugir. Ninguém foi pego de surpresa pelo ataque do Hamas, pois sirenes de alarme soaram meia hora antes. De acordo com a estatística oficial, 364 pessoas morreram no evento durante o confronto.

Até outubro, o Brasil confirmou a morte de três brasileiros em Israel que também estavam na festa: Bruna Valeanu, carioca, 22 anos; Ranani Nidejelski Glazer, gaúcho, 23 anos; e Karla Stelzer Mendes, carioca, 42 anos.

O documento ao qual o jornal Haaretz teve acesso conclui que parte dos mortos na rave, realizada na região Sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza, pode ter sido vítima de “fogo amigo". Recentemente, Israel reviu o número de mortos de 1.400 para 1.200 alegando que havia subestimado o número do Hamas entre as vítimas.

De acordo com estatística oficial, 364 pessoas morreram na rave | FOTO: Reprodução/Forum

Yasmin Porat, moradora de kibbutz e sobrevivente da rave, já havia apontado para a possibilidade de fogo amigo ao contar que viu um tanque de Israel atirar em judeus em ação contra Hamas. Ainda de acordo com o jornal Haaretz, a investigação policial concluiu que os homens do Hamas não sabiam antecipadamente da festa. Eles buscavam reféns quando foram atacados pela primeira leva de helicópteros.

"A frequência dos disparos contra os milhares de terroristas foi enorme no início e só a certa altura os pilotos começaram a abrandar os ataques e a escolher cuidadosamente os alvos", disse Yasmin Porat.

Por fim, as primeiras suspeitas do fogo amigo surgiram devido às imagens de danos a veículos que pareciam incompatíveis com os armamentos empregados pelo Hamas no ataque: lançadores de granadas e AK-47. A destruição é compatível com os automóveis destroçados e corpos carbonizados, no entanto, só uma perícia pode concluir o tipo de armamento utilizado em cada episódio.



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