Manifestação em Copacabana cobra resposta sobre britânico e indigenista

Grupo de familiares e amigos de Dom levou cartazes para a orla da praia de Copacabana e cobrou resposta das autoridades.

'Certeza de não estarem entre nós', afirma sogra de Dom Phillips | Reprodução
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Neste domingo, manifestantes e amigos do jornalista Dom Phillips foram até a Praia de Copacabana para cobraram uma resposta nas investigações sobre o paradeiro do britânico e do indigenista brasileiro Bruno Pereira, que estão desaparecidos há uma semana. O grupo ocupou parte da orla com cartazes, na altura do Posta 6, a partir das 9 horas da manhã.

"Desespero total quando a gente soube e uma esperança de que eles estariam perdidos na floresta. Hoje uma certeza de eles não estarem mais entre nós", disse Maria Lúcia Sampaio, sogra de Dom, que esteve no ato acompanhada do marido, Luis Carlos Sampaio.

Manifestação em Copacabana cobra resposta sobre britânico e indigenista- Foto: Reprodução

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Na Praia de Copacabana, Dom Phillips costuma praticar stand up paddle, prática em que a pessoa fica em pé numa prancha e rema no mar. Cerca de 60 pessoas estiveram no local, com a camiseta dos desaparecidos e caminharam até o Posto 5, por volta de 11 horas da manhã. A atriz e ambientalista Lucélia Santos também participou do ato, assim como outras pessoas solidárias aos familiares.

"É um sentimento muito ruim, de muita tristeza e muita incerteza. A gente dorme imaginando o que pode ter acontecido e acorda sem informação nenhuma. É muito angustiante. Pra gente tem sido assim. Para a gente e para a família do Bruno. A maior parte das informações que recebemos é  pela imprensa", disse Marcos Faria Sampaio, cunhado de Dom, em entrevista à GloboNews.

Marcos lembrou ainda das causas e luta de Dom pela defesa da Amazônia e das tribos indígenas locais. Além do amor que o jornalista mostra com a família.

"Ele sempre falava: 'Meu Deus é a natureza'. É um apaixonado e louco pelo Brasil. Os projetos dele eram sempre voltados para povos brasileiros. Agora ele estava em Salvador e dava aulas gratuitas de inglês. É muito triste tudo que está acontecendo para a gente", completou Marcos.

A dupla está desaparecida desde o dia 5 de junho e estavam na região do Vale do Javari, no Amazonas. Eles deixaram a comunidade de São Rafael de barco e não chegaram ao destino seguinte. O indigenista era alvo de ameaças por defender a comunidade indígena contra a ação de garimpeiros, pescadores e madeireiros, e o jornalista registrou imagens de homens armados ameaçando os indígenas.

Neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro declarou, durante viagem a Orlando, nos Estados Unidos, que foram encontradas partes de corpo humano em rio na região do Vale do Javari, e ainda disse que o governo trabalha desde o primeiro dia nas buscas pela dupla e quer elucidar o caso.



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