Papa Francisco convida brasileiras para participar do Sínodo dos Bispos

Movimento liderado pelo papa Francisco para promover a aproximação da sociedade civil nas discussões da Igreja Católica

Papa Francisco convida brasileiras para participar do Sínodo dos Bispos | Divulgação
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O movimento liderado pelo papa Francisco para promover a aproximação da sociedade civil nas discussões da Igreja Católica resultou em um marco significativo: o convite do pontífice a duas mulheres negras do Brasil para participarem da primeira etapa global do atual sínodo, que ocorrerá em outubro, no Vaticano. Historicamente, somente bispos tinham assento nos sínodos, mas sob a liderança de Francisco, as mulheres estão conquistando um espaço cada vez mais relevante. 

Sônia Gomes de Oliveira, de 54 anos, líder do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, e Maria Cristina dos Anjos, de 61 anos, assessora de migração da Cáritas, foram selecionadas pelo próprio papa Francisco para integrar o encontro sinodal, juntamente com outras 68 pessoas - 35 mulheres e 35 homens. Ambas as brasileiras, mulheres negras oriundas do estado de Minas Gerais, possuem uma extensa trajetória de envolvimento em projetos sociais vinculados à Igreja Católica no Brasil. Nessa reunião, elas desempenharão o papel de observadoras, tendo a oportunidade de contribuir com suas perspectivas e participar ativamente das discussões. 

"Levo comigo a representatividade do laicato, de uma mulher preta do sertão mineiro e os gritos de grupos como pessoas encarceradas, LGBTQIA+, da juventude, dos indígenas e dos povos tradicionais", diz Oliveira, que lidera a organização dos católicos leigos brasileiros.

Maria Cristina dos Anjos expressa sua opinião de que a inclusão ativa de não-bispos no sínodo é motivo de esperança para que as questões que foram debatidas ao longo dos anos possam receber mais destaque. Além de seu papel na Cáritas, Maria Cristina também faz parte de uma comissão do Conselho Episcopal Latino-Americano, que se dedica a discutir a participação das mulheres tanto na igreja como na sociedade. 

O modelo do sínodo, estabelecido pelo papa Paulo VI em 1965, consiste em uma reunião episcopal convocada pelos pontífices para abordar temas relevantes para a instituição da Igreja Católica. Desde que Francisco assumiu a liderança, a igreja tem realizado discussões sinodais sobre diversas questões, como a família em 2015, juventude em 2018 e a Amazônia em 2019.  

Com o tema "Comunhão, Participação e Missão", o atual processo sinodal teve início em 2021 e tem previsão de conclusão em 2024. O primeiro estágio consistiu em assembleias realizadas em paróquias e dioceses. No próximo mês de outubro, será realizada a primeira fase global do sínodo. A etapa final está programada para ocorrer um ano depois, também em Roma. Esse processo sinodal abrange um período significativo, permitindo a participação e contribuição de diversos grupos e comunidades dentro da Igreja Católica. 

(Com informações da Folhapress - Jeferson Batista)



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