Voluntários serão pagos por agência para passarem 2 meses em repouso

Os participantes ficarão inclinados em uma cama a um ângulo de 6 graus, com os pés ligeiramente elevados e a cabeça ligeiramente abaixada.

A posição da cama desempenha um papel fundamental | R. Gaboriaud/Medes
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A Agência Espacial Europeia (ESA) está oferecendo uma compensação de quase R$ 100 mil reais (18 mil euros) para cada um dos doze voluntários que participarem de um experimento que envolve ficar deitado na cama por dois meses. Embora possa parecer fácil, não é o caso.

O experimento, oficialmente chamado de Brace ("Repouso na cama com gravidade artificial e exercício de ciclismo"), tem como objetivo compreender os efeitos do exercício físico na rotina dos astronautas no espaço, além de ter aplicações potenciais no tratamento de idosos ou pessoas acamadas.

Os participantes ficarão inclinados em uma cama a um ângulo de 6 graus, com os pés ligeiramente elevados e a cabeça ligeiramente abaixada. Nessa posição, eles realizarão suas refeições, tomarão banho e cumprirão suas necessidades fisiológicas - tudo sem levantar os dois ombros da cama, no máximo podendo se virar de lado.

"Experimento de repouso na cama visa compreender os efeitos fisiológicos e testar exercícios adaptados"

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Esse experimento induzirá o fluxo sanguíneo e de fluidos em direção à cabeça. Combinado com o repouso quase constante, esse processo pode causar atrofia muscular nos participantes, um problema que também é observado em viagens espaciais prolongadas e em pacientes hospitalizados.

Além disso, há a parte dos exercícios. Os voluntários serão divididos em três grupos: um grupo irá pedalar em uma bicicleta adaptada para a cama, outro grupo irá pedalar em uma centrífuga que simula a gravidade, e um terceiro grupo permanecerá na cama por dois meses sem exercício.

"Estaremos comparando o impacto desses exercícios diários em diversos fatores fisiológicos", explica Rebecca Billette, chefe de pesquisa clínica do Medes, um instituto de medicina espacial e fisiologia localizado em Toulouse, na França, que realiza o estudo em parceria com a ESA.

Embora testes semelhantes já tenham sido conduzidos, a novidade desta vez é a inclusão da bicicleta adaptada na rotina.

"Os resultados desses exercícios podem ser úteis para desenvolver tratamentos mais eficazes para idosos e pacientes com problemas musculoesqueléticos e osteoporose aqui na Terra", afirma Angelique Van Ombergen, chefe científica da ESA para ciências humanas.



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