Delegado diz que facções já estavam sendo monitoradas antes de ataque

“O objetivo é prender, mas quando o criminoso reage com abordagem, a gente tem de utilizar com a mesma força”, disse o delegado da Polícia Civil, Charles Pessoa.

"O objetivo é prender, mas quando o criminoso reage com abordagem, a gente tem de utilizar com a mesma força". | Fábio Carvalho
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O delegado da Polícia Civil, Charles Pessoa, coordenador do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco) afirmou em entrevista ao Jornal da Tarde Piauí, na TV Jornal, que a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, já estava planejando e monitorando as facções criminosas, e que o resultado positivo se deu devido a intensidade do Estado no combate às facções no Piauí, que resultou na prisão de 11 indivíduos na manhã desta terça-feira (18).

Durante uma operação integrada com as forças de segurança do Piauí, os suspeitos foram presos na região da Vila do Mocambinho, zona Norte de Teresina. Seis indivíduos foram detidos sob suspeita de terem incendiado cinco ônibus na cidade e as outras cinco pessoas foram presas por cumprimento de mandados. A ação policial foi iniciada em resposta às ações de criminosos diante da morte de dois homens suspeitos de envolvimento em uma tentativa de assalto contra um coronel da Polícia Militar.

“O Draco já vem desenvolvendo um trabalho praticamente diário no combate às facções criminosas, todas as nossas ações são baseadas em um planejamento e nós já tínhamos inclusive uma ação programada na vila Mocambinho, inclusive essas facções já estavam sendo monitoradas, não apenas na vila Mocambinho, mas em vários outras regiões de Teresina. Nós temos essa política, atendendo a essa diretriz do secretário Chicos Lucas e do nosso delegado geral Luccy Keiko. E quando aconteceu essa situação de ontem, a queima desse veículo, desse ônibus, o secretário já solicitou uma reunião com os representantes da Polícia Civil, com o Delegado Geral, e com o Comandante da Polícia Militar, e aí nós participamos dessa reunião e ele determinou que a gente deflagrasse essa operação de forma integrada, que não foi só uma operação do DRACO, mas foi uma operação da Secretaria de Segurança”, disse o delegado Charles Pessoa.

O coordenador do Draco ainda destacou as prisões dos criminosos, e que dois dos suspeitos já tinham mandado de prisão em aberto. Desde de 2015, o sistema de segurança vem sendo reforçado, o resultado positivo dessa operação é reflexo da intensidade em que a Segurança Pública vem se aprimorando desde dos últimos anos, segundo o delegado.

“Importante ressaltar a própria participação do Poder Judiciário, Ministério Público, que analisaram de forma célere, os pedidos do departamento, que deu também meios para que a gente deflagrasse essa operação e dentro da legalidade, uma operação muito exitosa, que resultou na prisão de 11 pessoas, sendo seis com participação direta no incêndio, outras seis foram autuadas em flagrante delito e dois que tinha mandado de prisão em aberto. De 2015 para cá, principalmente nessa última gestão de 2019 que foi do secretário Carlos Edilson, que eu tive a honra de participar como diretor de inteligência, o sistema penitenciário ficou organizado, não ficou a presença de aparelhos celulares em nenhuma unidade prisional de regime fechado. O que a gente observou é que essas facções criminosas perceberam a intensidade da segurança pública que vem desenvolvendo no que diz respeito a questão de combate, e isso gerou um reflexo, que de algum  forma eles quiseram gerar uma instabilidade, mas fez com o estado demonstrasse organização, e conseguimos darmos uma resposta em 12h, uma resposta positiva, que a grande maioria está preso e serão responsabilizados”, relata Charles Pessoa.

Durante uma entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública, as autoridades policiais apresentaram o balanço da operação. Além das prisões, foram apreendidos dois carros roubados, celulares, uma mochila com fogos de artifício, drogas e armas, bem como combustível que teria sido utilizado para incendiar os ônibus.

“Essa situação de facção criminosa não é algo isolado do Piauí. Infelizmente é algo que está presente em todas as unidades da federação. É um problema para a segurança pública brasileira, mas a Secretaria de Segurança Pública do Piauí tem desenvolvido baseado em um planejamento com o intuito de combater esse grupos de crimes organizados”, disse Charles Pessoa.

O delegado ainda relatou ao Jornal da Tarde Piauí que a Secretaria de Segurança Pública do Piauí tem capacidade e qualificação técnica para combater as facções, exemplo disso, foi o resultado positivo nessas últimas horas, resultado na prisão de 11 pessoas, apreensão de carros roubados, celulares, drogas e armas. 

Charles Pessoa ainda enfatizou que os grupos criminosos existentes no Estado do Piauí são resultado de ramificações de outros estados brasileiros, que chegam ao Piauí, mas se surpreendem com a firmeza de combate do estado piauiense. Em breve, segundo Charles Pessoa, a sociedade piauiense vai observar a diminuição de crimes no estado.

“O que a gente pode assegurar é que todo esse trabalho que vem sendo desenvolvido, a Secretaria de Segurança Pública tem capacidade técnica suficiente para combatê-los, e o resultado de hoje é uma demonstração de como nós estamos preparados para combater essa criminalidade, e com certeza, o mais breve possível a sociedade piauiense vai observar a diminuição dos índices da criminalidade. Esses grupos de criminosos organizados que tem hoje no Piauí, são ramificações de outros estados, mas são criminosos que têm vínculos aqui no Piauí, que tem as metodologias de trabalho, mas com certeza eles serão combatidos com a firmeza e mão firme do Estado”, destaca Charles Pessoa.

Os dois suspeitos de balear o coronel da reserva Maurício de Lacerda, da Polícia Militar do Piauí, durante uma suposta tentativa de assalto, morreram após um confronto com policiais do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), nesta segunda-feira (17). Questionado sobre as acusações do poder policial na morte dos criminosos, Charles Pessoa comentou que o objetivo é prender, mas tendo reação criminosa contra os PMs, automaticamente há consequências. 

“Temos percebido, e é a realidade que a Polícia Militar tem respaldo suficiente, e eu tenho certeza que eles não iriam agir com excesso, o objetivo é prender, mas quando o criminoso reage com abordagem, a gente tem de utilizar com a mesma força, além disso disso conseguimos encontrar o veículo usado no dia, um carro originado de roubo”, completa o delegado Charles Pessoa, em entrevista exclusiva ao Jornal da Tarde Piauí.



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