Piauí investiga 2 casos suspeitos de febre maculosa, diz Sesapi

O Brasil registrou 53 casos de febre maculosa ao longo deste ano, conforme atualização do Ministério da Saúde. Desse total, oito evoluíram para a morte do paciente

Carrapato da espécie Amblyomma cajennense, também conhecido como carrapato-estrela | ViniSouza/Adobe Stock
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A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina informou na segunda-feira (19) que investiga dois casos suspeitos de febre maculosa. Os pacientes são da cidade de Caxias, no Maranhão, e foram atendidos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, situado no Centro de Teresina.

''Em relação à Febre Maculosa, a Coordenação Estadual de Epidemiologia/CIEVS, da Sesapi, reconhece os casos notificados pelo Sistema de Informação SINAN, sendo este o meio oficial de informação do Ministério da Saúde.  A Coordenação Estadual de Epidemiologia/CIEVS informa que, em relação a este agravo, no Piauí, estão notificados de 2010 até a presente data, 11 casos. Destes, apenas 2 estão em investigação atualmente. Os demais foram descartados. Os dois casos que estão em investigação são oriundos de Caxias, no Maranhão. O Ministério da Saúde aguarda a notificação dos casos no Sistema de Informação SINAN'', diz a nota.

Conforme o órgão, não há pacientes internados. Ao longo do ano, já foram descartados oito casos suspeitos da doença no Piauí.

A Febre Maculosa Brasileira, também conhecida como riquetsiose, é uma doença infecciosa febril aguda causada por riquétsias transmitidas por carrapatos do gênero Amblyomma, popularmente conhecidos como "carrapato estrela" ou "carrapato de cavalo". A transmissão ocorre quando o carrapato permanece aderido ao hospedeiro por um período de quatro a seis horas. Não há registro de transmissão de pessoa para pessoa, e o período de incubação varia de dois a 14 dias.

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De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 53 casos confirmados da doença este ano, sendo que oito resultaram em óbitos. A maior concentração de casos foi observada nas regiões Sudeste e Sul, e a ocorrência da doença é geralmente esporádica.

"A capital Teresina não é uma área endêmica para Febre Maculosa Brasileira. No entanto, a vigilância permanece constante, e a doença é de notificação compulsória imediata. Ou seja, qualquer suspeita deve ser comunicada prontamente, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades de saúde locais por meio dos canais adequados, como telefone, fax ou e-mail", diz o comunicado da FMS.

A Febre Maculosa Brasileira apresenta dificuldades no diagnóstico devido à sua natureza multissistêmica e ao curso clínico variável. Os sintomas incluem febre de início súbito, cefaleia, mialgia intensa, mal-estar generalizado, náuseas e vômitos. Podem ocorrer manifestações hemorrágicas diversas, e a doença pode levar ao óbito.

Entre o segundo e o sexto dia, pode surgir um exantema máculo-papular, predominantemente nos membros inferiores, podendo afetar as palmas das mãos e as solas dos pés em 50% a 80% dos pacientes. No entanto, o exantema pode estar ausente em alguns casos, dificultando o diagnóstico e resultando em maior letalidade.



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