Caso Mãe Bernadete: suspeitos de matar líder quilombola são presos

De acordo com as investigações, foi identificado que os envolvidos são integrantes de um grupo criminoso responsável pelo tráfico de drogas e homicídios naquela região.

Maria Bernadete Pacífico | Reprodução
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A Polícia Civil da Bahia prendeu, na manhã desta segunda-feira (04), três homens suspeitos pelo envolvimento na morte da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico. Ela foi assassinada com 12 tiros de arma de fogo no dia 17 de agosto, em Simões Filho, na Bahia. O anúncio da prisão foi feito pelo secretário Marcelo Werner, em coletiva de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do estado.

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A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a diretora-geral do DPT, perita criminal Ana Cecília Bandeira, estiveram presentes. Os três suspeitos tiveram suas prisões em diferentes participações no crime, sendo um o executor, outro por guardar as armas do crime e por porte ilegal, e o terceiro pela receptação dos celulares da líder quilombola e de familiares, roubados durante o homicídio.

Além dos três, há uma quarta pessoa suspeita de também ser o executor. De acordo com as investigações, foi identificado que os envolvidos são integrantes de um grupo criminoso responsável pelo tráfico de drogas e homicídios naquela região. No entanto, ainda não é possível confirmar qual a motivação do crime.

"Em relação a motivação, nós temos algumas linhas ainda de investigação em andamento, como eu falei um pouco antes, se a gente antecipar qualquer uma dessas linhas, pode ser prejudicial, vai ser prejudicial à investigação. Então, a gente segue as investigações porque ainda existem outras medidas cautelares em andamento, nós temos inclusive não só equipes trabalhando agora em campo em busca de outros elementos, de outras pessoas para serem ouvidas também. Temos recebido também diversas informações através dos denúncias através do 181, que estão também sendo reportadas à equipe de investigação para apuração, inclusive a possível identificação, localização do outro executor" disse Marcelo Werner.

Líder quilombola, Mãe Bernadete foi assassinada com 12 tiros | FOTO: Reprodução

PRISÃO

Os envolvidos não tiveram seus nomes divulgados pela Pasta. O primeiro suspeito a ser preso, teve o mandado de prisão cumprido por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na cidade de Araçás, a 105 km de Salvador, na sexta-feira (1º).

Ainda neste dia, duas pistolas, utilizadas no homicídio, com munições e três carregadores, dois deles estendidos, foram localizadas em uma oficina mecânica na comunidade de Pitanga de Palmares. O mecânico que guardava as armas foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, segundo a SSP.

SSP da Bahia fala sobre morte de Mãe Bernadete Pacífico | FOTO: Itana Alencar/G1

Um terceiro envolvido no crime foi preso no último dia 25. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele é suspeito pela receptação dos celulares da líder quilombola e de familiares, roubados durante o homicídio.

DEPOIMENTOS COLHIDOS ATÉ A PRISÃO

Segundo a Secretaria de Segurança da Bahia foram coletados mais de 60 depoimentos de familiares, testemunhas e outras pessoas. Ações em campo, alinhadas com atividades de inteligência policial, e uso de recursos tecnológicos também foram utilizados na investigação. 

As investigações contaram com uma força-tarefa das polícias Federal e Civil. Em nota divulgada à imprensa, a Polícia Civil destacou que o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), e o Poder Judiciário da Bahia também tiveram atuação determinante no caso.



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