Delegado que deu tapa no rosto de mulher é solto menos de 24h após ser preso

Governador do Ceará determinou 'afastamento imediato' do delegado, alvo de processo disciplinar

Delegado que deu tapa no rosto de mulher é solto menos de 24h após ser preso | Reprodução
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O delegado de Polícia Civil, Paulo Hernesto Pereira Tavares, flagrado dando tapa no rosto de uma mulher após se envolver em um acidente, foi solto no fim da manhã desta segunda-feira (13), menos de 24 horas após ter sido preso na cidade do Crato, no Ceará, na noite deste domingo (12).

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No último sábado (11), Paulo Tavares se envolveu em um acidente após perseguir um adolescente. Na ocasião, o delegado discutiu com moradores e vídeos feitos por populares mostram o momento em que ele desfere um tapa em uma mulher. O agente ainda foi preso, no entanto, conseguiu liberdade após pagamento de fiança.

No domingo, o MPCE - Ministério Público do Ceará entrou com o pedido de prisão preventiva após discordar da liberação do delegado depois do pagamento da fiança. Hoje, ele passou por audiência de custódia no 1º Núcleo de Custódia e Inquérito e obteve a liberdade provisória. No entanto, ele deve cumprir alguns requisitos: 

Delegado é réu por outros crimes | FOTO: Reprodução

Apesar da agressão filmada, conforme a decisão, auto de prisão em flagrante lavrado contra o delegado foi apenas o de embriaguez ao volante. A decisão judicial que determinou a prisão preventiva de Paulo Hernesto, portanto, dizia respeito ao crime de embriaguez, embora tenha citado as agressões e ameaças.

No outro lado, a defesa do delegado afirmou que "as penas [dos atos descritos na ocorrência policial], se este fosse condenado, não ultrapassariam a de um regime aberto ou semiaberto, portanto não havia necessidade de deixá-lo no regime fechado".

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RÉU POR OUTROS CRIMES

No pedido de prisão feito no domingo, o Ministério Público também que, além do acidente e da agressão de sábado, o delegado já é réu pelos crimes de embriaguez ao volante e violência doméstica. Por fim, delegado de Polícia Civil, Paulo Hernesto Pereira Tavares, foi afastado das funções e impedido de exercer o cargo durante as investigações. Também foram retidos a identificação funcional, o distintivo, a arma, a algema e instrumentos funcionais.

"Além do crime de embriaguez ao volante, o MP fundamentou seu pedido, na prática de lesão à mulher que aparece no vídeo, e ainda em uma lesão corporal a um adolescente de 16 anos e a um outro homem já identificado e ouvido, além de ameaças e impropérios proferidos contra as vítimas, aos policiais militares que atenderam a ocorrência e seus familiares, bem como a um advogado no exercício da função. Além do contexto fático, observou-se que o autuado já é réu em outros crimes (embriaguez ao volante e violência doméstica) e é investigado pela prática de outros crimes (violência doméstica e prevaricação)", explicou o Ministério Público em nota.



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