Estelionatária de luxo: Mulher é acusada de prejuízo em mais 30 vítimas no ES

A prisão de Jhose ocorreu em 7 de dezembro, em uma luxuosa residência localizada na Ilha do Boi, um bairro nobre em Vitória

Jhose Campos Alves | Reprodução
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Jhose Campos Alves, natural de Minas Gerais e com 45 anos de idade, tornou-se réu e enfrentará um processo penal por supostos crimes de estelionato perante a Justiça do Espírito Santo. A decisão judicial determinou sua permanência na prisão. Reconhecida pela Polícia Civil como uma das principais praticantes de estelionato em Vitória,  Jhose mantinha um estilo de vida luxuoso.

A prisão de Jhose ocorreu em 7 de dezembro, em uma luxuosa residência localizada na Ilha do Boi, um bairro nobre em Vitória. No ato da detenção, as autoridades apreenderam diversos itens, incluindo móveis, peças de decoração, vestuário e 13 telas de pintura encontradas na residência da acusada.

Casa em que a suspeita morava (Foto: Reprodução)

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A residência é considerada de alto padrão (Foto: Reprodução)

O advogado Marcos Giovani Correa Felix, que representa Jhose, argumentou à imprensa da Rede Gazeta que as ações praticadas por sua cliente não deveriam ser classificadas como estelionato, mas sim como "desacordo comercial".

“A conduta dela se amolda melhor ao desacordo comercial. Estelionato é quando a pessoa engana a vítima, mas a Jhose compra, paga uma entrada, algumas parcelas, e não consegue terminar de pagar. É um desacordo comercial”, disse Felix.

A defesa afirmou que a cliente enfrenta uma condição denominada oniomania, um transtorno caracterizado pelo comportamento repetitivo de comprar e gastar de maneira descontrolada, apresentando dificuldade em resistir a esse impulso.

Nas plataformas de mídia social, Jhose adotava os pseudônimos Josi Grand ou Josi Grand Buaiz, utilizando sobrenomes ligados a famílias tradicionais do Espírito Santo.

Segundo as investigações, a mulher realizava suas compras utilizando cheques sem fundo ou alegando falta de crédito no cartão. Posteriormente, alegava estar passando por problemas financeiros, afirmando não ter condições de efetuar o pagamento. Foi dessa maneira que Jhose adquiriu os produtos encontrados em sua residência luxuosa.

A polícia revelou que a estimativa é de que existam mais de 30 vítimas, abrangendo moradores de diversas localidades em Vitória, como Praia do Suá, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Luíza, Praia do Canto, Ilha do Frade, Ilha do Boi e Barro Vermelho.

Além disso, as autoridades informaram sobre uma investigação em curso no 7º Distrito Policial de Vila Velha, que apura possíveis crimes cometidos por Jhose quando residia no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha, na Grande Vitória. Há também suspeitas de que a acusada tenha cometido crimes em seu estado de origem e na Bahia.

Segundo o advogado de defesa, Marcos Giovani Correa Felix, o perfil dela em redes sociais foi criado por um funcionário dela.

“Na brincadeira, ele utilizou um nome e, posteriormente, ela tentou mudar, mas as redes sociais exigem um prazo para a troca, o que acabou não acontecendo”, disse.

Inicialmente, Felix indicou que a abordagem adotada consistiu em tentar reverter a prisão de Jhose, apresentando à Justiça a informação de que a cliente enfrenta problemas de saúde e requer cuidados médicos.

“Ela é diabética, fez bariátrica, tem problemas de coração e de pressão alta. No presídio, ela já teve três episódios de crises de hipertensão. Também sofre com problemas na coluna e toma remédios controlados. Precisa de atenção para a sua saúde. E como foi mantida presa, solicitei ao juiz que o presídio comprove que ela está recebendo o atendimento médico adequado”, relatou.

Ao mesmo tempo, o advogado enfatizou que o processo está em seus estágios iniciais e que ele apresentará as argumentações em defesa de Jhose, incluindo a referência ao transtorno oniomania.

O profissional jurídico informou que Jhose já começou um tratamento psiquiátrico, que foi interrompido, e que, no momento de sua detenção, estava com consultas previamente marcadas. Em sua análise, as ações perpetradas por Jhose não deveriam ser categorizadas como estelionatos.

Jhose Campos Alves (Foto: Reprodução)

O advogado ressaltou também que as alegadas vítimas de Jhose não realizaram verificações de crédito, verificação do CPF ou assinaram um contrato de compra e venda.

“As pessoas vendem por confiança, ela consegue satisfazer a compulsão dela e depois não consegue pagar. É um desacordo comercial”, finalizou.



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