Operação da PF mira Hezbollah no Brasil; suspeita é de plano de ataque a judeus

A PF cumpriu dois mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal

Operação da PF mira Hezbollah no Brasil; suspeita é de plano de ataque a judeus | Reprodução
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A Polícia Federal realizou uma operação nesta quarta-feira, 8 de novembro, com o objetivo de prevenir atos terroristas no Brasil. Segundo as informações que deram origem a essa ação, havia planos em andamento para ataques a edifícios da comunidade judaica no país. Esses planos envolviam recrutados pelo Hezbollah, um grupo islâmico xiita com base no Líbano que recebe financiamento do Irã. O Hezbollah é aliado do grupo palestino Hamas na atual guerra entre Israel e o Hamas.

A PF cumpriu dois mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com nota divulgada pela entidade, recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de "constituir ou integrar organização terroristas" e de "realizar atos preparatórios de terrorismo". Se somadas, as penas máximas para tais crimes podem chegar a 15 anos e 6 meses de prisão.

Desde o início da guerra entre Tel Aviv e o grupo terrorista Hamas, que se desenrola na Faixa de Gaza, a fronteira entre Líbano e Israel se tornou a frente secundária da guerra. O local tem sido palco de frequentes trocas de tiros entre o Exército israelense, de um lado, e o Hezbollah e seus aliados de outro, o que aumenta temores de que o conflito se estenda pela região. Na última terça (7), 20 foguetes foram disparados do Líbano em direção a Israel, sem deixar mortos ou feridos. Já no domingo (5), trocas de fogo para estabelecer posições mataram 4 civis, 3 deles crianças, segundo o grupo islâmico e o governo do Líbano.

A Polícia Federal já havia tomado medidas contra o grupo islâmico em solo brasileiro anteriormente. Em setembro de 2018, as autoridades prenderam Assad Ahmad Barakat, de 51 anos, que havia sido acusado pelo governo dos Estados Unidos de ser um dos principais financiadores do Hezbollah. A prisão, que ocorreu em Foz do Iguaçu, Paraná, foi decretada pela justiça paraguaia sob a acusação de falsidade ideológica e foi realizada com autorização do Supremo Tribunal Federal. Segundo informações do governo americano, Barakat utilizava suas empresas de importação e exportação de eletrônicos na região da Tríplice Fronteira para enviar fundos ao Hezbollah, que atua no Líbano e na Síria.

O libanês já havia sido preso no Brasil em 2002 e extraditado para o Paraguai no ano seguinte, quando foi condenado pela Justiça. Ficou na prisão até 2008, quando foi solto e decidiu retornar ao Brasil, mantendo negócios no Paraguai, na Argentina e no Chile, segundo a PF. Em entrevista à Folha de S.Paulo em 2002, ele disse que havia "uma grande ignorância no Ocidente" sobre o grupo, e atribuiu sua prisão a uma "vingança comercial".

(Com informações da FolhaPress - Fabio Serapião)



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