Tinder vai fornecer informações sobre sequestradores para polícia

Segundo informações, o Tinder tem sido usado - desde o início de 2021- como uma ferramenta por criminosos para realizar o famoso “golpe do amor”

Tinder anunciou a criação de um canal de comunicação em língua portuguesa | Guilherme Almeida
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciou um inquérito civil que resultará na implementação de um canal de comunicação direto entre o Tinder e a Polícia Civil, visando fornecer dados sobre sequestradores. A previsão é que essa medida seja estabelecida em 10 de julho, conforme divulgado pelo órgão.

Segundo informações, o Tinder tem sido usado - desde o início de 2021- como uma ferramenta por criminosos para realizar o famoso "golpe do amor" em São Paulo, através da criação de perfis falsos. Nesse tipo de crime, as vítimas marcam encontros através de aplicativos de relacionamento e acabam sendo vítimas de sequestros.

O delegado Eduardo Bernardo Pereira, titular da 1ª DAS (Divisão de Antissequestro), chegou a analisar os casos dos últimos dois anos, concluindo que o Tinder é o aplicativo de relacionamento que as quadrilhas usam mais, pois é o mais conhecido entre os usuários.

Durante esse período, a Polícia Civil tem enfrentado dificuldades para ter acesso às informações dos perfis falsos criados pelos sequestradores, justamente por conta da falta de diálogo com a empresa. Diante dessa situação, o Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), do MPSP, instaurou um inquérito civil no mês de maio.

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Depois de várias negociações, o Tinder decidiu aceitar a proposta do órgão ao anunciar a criação de um canal de comunicação em língua portuguesa, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, justamente para atender às autoridades policiais, juízes e promotores de justiça.

Segundo o MPSP, por meio dessa ferramenta será possível solicitar informações relevantes para a persecução penal, como requisitar dados e cumprir ordens judiciais. O objetivo é agilizar as respostas às requisições relacionadas a dados de localização de vítimas de crimes em andamento e dos criminosos responsáveis, respeitando os parâmetros estabelecidos no Marco Civil da Internet e na legislação aplicável, conforme informado em nota pelo MPSP.



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