Após Milei passar do tom, chanceler argentina nega interferência no Brasil

Mondino ressaltou que a Argentina não se envolverá nos assuntos internos ou jurídicos de outros países, enfatizando a confiança na justiça e a importância da liberdade de expressão.

Diana Mondino é a chanceler da Argentina | José Cruz/Agência Brasil
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Em sua primeira visita oficial ao Brasil nesta segunda-feira (15), a chanceler argentina, Diana Mondino, tratou de esclarecer a posição de seu governo em relação ao conflito envolvendo Elon Musk, proprietário da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), e o sistema judiciário brasileiro. Mondino ressaltou que a Argentina não se envolverá nos assuntos internos ou jurídicos de outros países, enfatizando a confiança na justiça e a importância da liberdade de expressão.

“Os temas internos e condições de cada país são próprios de cada país. O governo argentino jamais vai intervir, ou interferir, nos processos democráticos ou nos processos policiais de cada país. Confiamos na Justiça de cada país” afirmou a chanceler, acrescentando que defende a liberdade de expressão “em todos os sentidos”.

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As declarações de Mondino surgem após relatos de que o presidente argentino, Javier Milei, teria oferecido ajuda em relação à disputa judicial de Musk no Brasil, conforme mencionado por Manuel Adorni, porta-voz do presidente, em um comunicado emitido na última sexta-feira (12). Milei recentemente visitou a Tesla nos Estados Unidos, destacando seu encontro com Musk.

Desde 6 de abril, Musk tem criticado o Judiciário brasileiro por supostamente censurar sua plataforma, ameaçando desobedecer às ordens judiciais que pedem a suspensão de contas acusadas de fomentar a desordem democrática no Brasil, conduta tipificada como crime pela Lei 14.197 de 2021.

A Argentina, por meio de sua chanceler, já expressou apoio aos defensores da liberdade de expressão que se sintam perseguidos, indicando uma disposição para oferecer refúgio.

Enquanto isso, a plataforma X tem removido conteúdos em países como Turquia, Índia e Estados Unidos, sem que Musk acuse essas nações de censura, de acordo com relatórios da Reuters.

Respondendo às alegações de Musk, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, incluiu o empresário em uma investigação sobre milícias digitais, que também examina a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Poderes em Brasília.



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