Bolsonaro desperdiçou R$ 1,4 Bi em vacinas: mais de 39 Mi de doses foram queimadas

Especialistas em logística na saúde apontam que o índice de vacinas queimadas está acima do considerado aceitável, que é até 3%

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Montagem/MeioNorte
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Brasil enfrenta o desafio de lidar com o desperdício de R$ 1,4 bilhão em vacinas contra a Covid-19, equivalente a mais de 39 milhões de doses que venceram sem serem utilizadas e precisaram ser incineradas. Esses dados revelam um problema que agora está sendo investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em busca de esclarecimentos sobre possíveis atos de improbidade administrativa.

A gestão inadequada, que culminou no descarte de cerca de 5% do total de vacinas adquiridas pelo país, está sendo atribuída, por especialistas, à administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As críticas se fundamentam na demora na compra e distribuição das doses, além da postura do ex-presidente, que promoveu desinformação sobre as vacinas e, inclusive, se recusou a se imunizar.

A CPI da Covid, que investigou as condutas do governo federal ao longo da pandemia, resultou no pedido de indiciamento de Bolsonaro por 9 crimes. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), herdou o problema e, em 2023, a quantidade de vacinas vencidas aumentou, atingindo a expressiva cifra bilionária.

Especialistas em logística na saúde apontam que o índice de vacinas queimadas está acima do considerado aceitável, que é até 3%. A falta de campanhas eficazes de imunização, a desinformação disseminada durante a pandemia e problemas na logística de distribuição são apontados como fatores que contribuíram para o alto desperdício.

Responsabilização dos agentes políticos

A incineração de insumos médicos, agora sob investigação da PGR, levanta questionamentos sobre a responsabilidade dos agentes públicos envolvidos nesse processo. O ex-presidente Bolsonaro e os ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazzuelo e Marcelo Queiroga, são citados, mas as respostas oficiais variam entre a falta de ingerência e a atribuição das compras às áreas técnicas da pasta.

A atual gestão do Ministério da Saúde, sob o governo de Lula, afirma ter herdado um estoque de mais de 157,9 milhões de itens de saúde a vencer, equivalente a R$ 1,2 bilhão, até julho. Alega também ter adotado medidas para evitar o desperdício, criando um comitê permanente para monitorar a situação e mitigar as perdas. A transparência e ações estratégicas são destacadas como iniciativas para enfrentar o desafio de gerir a validade dos insumos.

A investigação da PGR continua, e especialistas alertam que o alto custo do desperdício de vacinas não apenas representa um prejuízo financeiro significativo, mas também coloca em evidência falhas na gestão pública que precisam ser abordadas para garantir a eficácia e eficiência nos programas de imunização em futuras crises de saúde pública.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

Leia Mais


Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES