Bolsonaro e Michelle não deverão ter sigilos quebrados por CPMI

Essa é a orientação fornecida pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-Bahia)

Bolsonaro e Michelle não deverão ter sigilos quebrados por CPMI | Lula Marques/Agência Brasil
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre Atos Golpistas não está planejando solicitar a quebra dos sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle, nem tem a intenção de investigar o incidente das joias. Essa é a orientação fornecida pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-Bahia). De acordo com ele, não há vínculo identificado entre os ataques e a venda das joias. 

“Alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro estava lá mandando PIX da conta dele para patrocinar a invasão do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, no dia 8 de janeiro? Obviamente que não. A não ser que chegue, na CPI, alguma vinculação que possa demonstrar que havia algum tipo de ação dessa natureza, eu não vejo sentido para você quebrar o sigilo apernas porque é o ex-presidente da República. Então, se quiserem fazer uma CPI para discutir presentes de ex-presidente, venda de Rolex, negócio de joias, façam outra CPI”, afirmou Maia.

Nesta quarta-feira (23), Maia emitiu a declaração após um encontro com o comandante-geral do Exército, o general Tomás Paiva, nas instalações do QG do Exército em Brasília. Essa reunião foi agendada a pedido do próprio Maia, logo após uma reunião acalorada na CPMI, onde membros do governo e da oposição se envolveram em trocas de palavras devido a discordâncias sobre quais pedidos deveriam ser submetidos a votação. Como resultado dessas tensões, a sessão teve de ser interrompida. 

Bolsonaro e Michelle não deverão ter sigilos quebrados por CPMI - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Entre eles, o requerimento que pede a convocação e a quebra de sigilo da deputada Carla Zambeli. Maia disse que é importante a votação desse requerimento do sigilo por conta da ligação dela com o hacker Walter Delgatti. O relator disse ainda que a convocação poderá ser discutida num segundo momento, após a chegada dos documentos do sigilo. Já sobre o encontro com o comandante-geral no QG do Exército, Arthur Maia garantiu que não ouviu dele pedido para dar tratamento especial a quem quer que seja ou deixar de convocar determinadas pessoas. 

“Absolutamente, nenhum pedido. Pelo contrário, pelo que ouvi reiteradamente, do comandante, é que a CPMI cumpra o seu papel. Porque o que interessa, de fato, às Forças Armadas brasileiras, é mostrar qual foi o papel de comprometimento com as instituições democráticas, a Constituição, que as Forças Armadas cumpriram”.   

Para o dia seguinte, quinta-feira, 24, está agendada a reunião para votação de requerimentos. Conforme indicado por Arthur Maia, essa sessão deverá ser conduzida de maneira ágil e pautada pela organização. Além disso, no mesmo dia, os parlamentares têm programado ouvir o depoimento do Sargento dos Reis, que fazia parte da equipe de ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o sargento teria apresentado uma movimentação financeira fora do padrão para sua renda. O depoimento está marcado para iniciar às nove horas da manhã. 

(Com informações da Agência Brasil)



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