Caso Marielle: cinco envolvidos no crime foram mortos desde o atentado

O ex-vereador Zico Bacana foi morto a tiros, nessa segunda-feira (07), em uma área dominada pela milícia no Rio de Janeiro

Série de mistérios | Reprodução
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Nessa segunda-feira (07), a morte de Jair Barbosa Tavares, mais conhecido como Zico Bacana, ex-vereador, elevou para cinco o número de testemunhas ou suspeitos ligados à morte da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrida em 14 de março de 2018.

Zico, citado como líder de milicianos em um relatório da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), já havia prestado depoimento nas investigações da morte de Marielle. Os tiros que tiraram sua vida foram disparados de um veículo não identificado estacionado em frente a um estabelecimento comercial, localizado no bairro de Guadalupe, zona Norte do Rio.

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Edmilson da Silva de Oliveira, também conhecido como Macalé, um sargento reformado da Polícia Militar (PM), teria intermediado o recrutamento do ex-PM Ronnie Lessa para o assassinato de Marielle. Macalé tinha supostas ligações com atividades ilícitas no Rio de Janeiro. Ele foi morto a tiros aos 54 anos em 2021, na Zona Oeste da cidade.

A suspeita da participação do ex-policial no crime remonta a um ano antes do assassinato da vereadora. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) alega que Macalé esteve ativamente envolvido na vigilância de Marielle nos meses que antecederam sua morte. Isso teria ajudado a definir o momento em que Lessa executaria o assassinato. Macalé também teria fornecido o carro usado no crime aos comparsas Ronnie Lessa e Maxwell Simões, conhecido como Suel.

Mais envolvidos descartados

Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como capitão Adriano, faleceu durante uma operação policial na Bahia em 2020. Era apontado como líder da milícia carioca "Escritório do Crime", supostamente associada a Ronnie, acusado de matar Marielle, e também estaria envolvido em um esquema de rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Hélio de Paulo Ferreira, também conhecido como Senhor das Armas, foi morto em fevereiro deste ano em uma área de conflito entre grupos paramilitares e traficantes na Zona Oeste do Rio. Ele foi ouvido pela Polícia Civil (PC) durante as investigações sobre a morte de Marielle. Segundo relatos de Orlando Oliveira de Araujo, conhecido como Orlando de Curicica, Hélio participou de uma reunião do "Escritório do Crime" onde teria sido planejado o assassinato da ex-vereadora.

Lucas do Prado Nascimento da Silva, apelidado de Todynho, foi apontado pela PC como responsável por alterar o documento do veículo usado no assassinato de Marielle e Anderson. Ele foi morto em abril de 2018, menos de um mês após o assassinato da ex-vereadora.

Relembre o que aconteceu

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, com Marielle atingida por quatro disparos na cabeça e Anderson atingido por três tiros nas costas. Ronnie é considerado o principal suspeito do duplo homicídio. Élcio também é suspeito de ter dirigido o veículo utilizado no ataque. Este confessou sua participação em uma delação premiada em 2021, detalhando sua colaboração no crime. Até o momento, não foi estabelecido o autor intelectual do assassinato.

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