Como Bolsonaro alavancou negócios de Renato Cariani em troca de live eleitoreira

Cariani, conhecido por suas atividades no meio fitness, não apenas expressou apoio a Bolsonaro, mas também realizou negócios controversos

Influenciador Renato Cariani e Jair Bolsonaro | Reprodução
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Um novo escândalo surge no cenário político brasileiro, envolvendo Renato Cariani, investigado por tráfico de produtos para a produção de crack, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a campanha eleitoral de 2022, Cariani, conhecido por suas atividades no meio fitness, não apenas expressou apoio a Bolsonaro, mas também realizou negócios controversos.

Cariani, com mais de 7 milhões de seguidores no Instagram, juntou-se ao médico Paulo Muzy, que possui outros 8 milhões de seguidores na mesma plataforma, para promover uma live com Bolsonaro em 26 de agosto de 2022. A transmissão ocorreu no podcast Ironberg, o maior canal no YouTube voltado para o público maromba, com picos de 400 mil espectadores on-line.

O acordo para a promoção da candidatura teria sido selado uma semana antes, quando Bolsonaro anunciou a isenção tributária para a importação de diversos suplementos alimentares e produtos relacionados. Essa medida eleitoreira, como denominada por especialistas, teve um impacto direto nos negócios de Cariani, que é sócio de uma indústria química em Diadema, na Grande São Paulo, acusada pela Polícia Federal (PF) de envolvimento em tráfico e desvio de produtos para a produção de cocaína e crack.

Apesar de Cariani afirmar ser sócio do grupo Supley, que controla a Probiótica Laboratórios, a Receita Federal mostra seu nome apenas como sócio da Anidrol, empresa associada às investigações policiais. A informação sugere o possível uso de "laranjas" em suas atividades empresariais, de acordo com a investigação da PF, que aponta para a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo.

A isenção de impostos também foi alvo de uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR), que pedia investigação sobre o favorecimento de empresas de suplemento e a possível retribuição ao então candidato Bolsonaro pela medida tributária. A denúncia foi rejeitada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet.

O escândalo revela uma conexão obscura entre interesses políticos, empresariais e supostas práticas ilegais, abalando a reputação tanto de Cariani quanto do ex-presidente Bolsonaro. A situação promete ser um tema de discussão contínua no cenário político nacional.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

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