CPI da Pandemia: Diretor da FIB BanK deu o depoimento 'mais escabroso'

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que este foi o depoimento mais contraditório da CPI.

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depoente Roberto Pereira Ramos Júnior | Edilson Rodrigues / Agência Senado
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A CPI da Pandemia, no Senado, ouviu o depoente Roberto Pereira Ramos Júnior, diretor-presidente da FIB BanK, empresa apresentada como garantidora de crédito da Precisa Medicamentos na malograda compra da vacina indiana Covaxin.

Para alguns senadores, o depoimento foi "escabroso", "contraditório", "demolidor". Roberto Pereira disse que a FIB BanK, apesar do nome, não é um banco, e apesar de ser uma pequena empresa, tem capital social de R$ 7,5 bilhões, na forma de terrenos em São Paulo e no Paraná.

Vice-presidente da CPI da Pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que este foi o depoimento mais contraditório desta comissão. 

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator, qualificou o depoimento de "escabroso" e lembrou que o negócio foi paralisado graças à CPI. 

Roberto Pereira Ramos Júnior depôs na CPI da Pandemia (Edilson Rodrigues /Agência Senado)

Senadores

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que nenhum outro depoimento foi "carregado de tantas irregularidades". 

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) enumerou as "artimanhas" e disse que o que Eduardo Pazuello, Elcio Franco e Roberto Dias têm de responder por assinarem pelo Ministério da Saúde um contrato sem as formalidade legais. 

O senador Jorginho Mello (PL-SC) qualificou a atuação da empresa de "golpe", "tramoia" e "picaretagem", mas elogiou o governo por não ter fechado o negócio.

Empresa avalizou negócio da ordem de R$ 1,6 bilhão

O questionamento da CPI concentrou-se na falta de credenciais da empresa para avalizar um negócio da ordem de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde, diante de várias possíveis ilegalidades em sua constituição e operação. Também indagou-se sobre o papel do advogado Marcos Tolentino, apontado como verdadeiro dono da FIB BanK e ligado ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). O nome de Barros foi citado em negociações de vacinas com o governo brasileiro suspeitas de irregularidades.

"O pior é que coloca o nome de banco e nem banco é! A fake news começa aí!", indignou-se o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Convocação

Foi aprovado requerimento de Randolfe Rodrigues, convocando a depor Ivanildo Gonçalves da Silva, motoboy para a empresa VTCLog, empresa de logística que atende o Ministério da Saúde na distribuição de vacinas e insumos para todo o país. Desde 2018 Ivanildo fez saques em espécie para a VTCLog num total superior a R$ 4 milhões. (Fonte: Agência Senado)



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