O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, admitiu ser o autor da manipulação do relatório da Agência de Segurança Brasileira de Inteligência (Abin), possibilitando, assim, a invasão golpista de bolsonaristas na sede dos três Poderes da República no 8 de janeiro.
O relatório enviado ao Congresso Nacional se referia à troca de informações e alertas ocorrida dos atos que depredaram os prédios do Planalto, STF e Congresso.
As declarações do ex-ministro foram feitas durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal; comissão essa que investiga o ataque de eleitores extremistas ao Estado Democrático de Direito.
Segundo Gonçalves Dias, o documento o incluía em troca de mensagens da qual ele esconderia sua contribuição.
“A Abin respondeu [à solicitação do Congresso] com um compilado de mensagens de aplicativo, em que tinha dia e tempo, na coluna do meio o acontecido e na última coluna a difusão. Esse documento tinha lá ‘ministro do GSI’. Eu não participei de nenhum grupo de WhatsApp, eu não sou o difusor daquele compilado de mensagens. Então aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento. Ele foi acertado e enviado”, afirmou.
Silvinei Vasques
Antes de G. Dias, a comissão convocou a presença do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
O depoimento foi marcado por um bate-boca generalizado, envolvendo parlamentares da Oposição e governistas. A sessão precisou ser interrompida. O embate mais quente ocorreu quando a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) questionava o ex-PRF sobre um episódio de agressão a um frentista, caso o qual ele estaria supostamente envolvido.
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