Deputado negro do PL minimiza racismo estrutural e critica movimento negro

Hélio Lopes rejeita políticas públicas específicas para os descendentes de escravizados, discordando do movimento negro

Hélio Lopes ao lado de Flávio e Jair Bolsonaro | Reprodução/Facebook
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O deputado Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido por adotar os sobrenomes Negão e Bolsonaro nas urnas, compartilhou detalhes de sua trajetória e perspectivas em relação a questões raciais em entrevista recente.

Nascido e criado no morro do Tempero, em Queimados, na Baixada Fluminense, Hélio Lopes, de 54 anos, reflete sobre seu nome de origem, Barbosa, que remete aos antepassados que trabalhavam na fazenda dos Barbosas. Ele reconhece que essa história pode ter vínculos com o período da escravidão, mas ressalta que não aprofundou a pesquisa sobre o assunto.

Ao abordar a questão da reparação histórica, o deputado rejeita políticas públicas específicas para os descendentes de escravizados, discordando do movimento negro. Hélio Lopes argumenta que, embora não seja possível alterar o passado, considera falha a proposta de reparação.

Sobre suas origens humildes, o deputado compartilha experiências de infância, incluindo a luta para estudar, destacando o orgulho de seu passado. Após trabalhar em diversas ocupações, como servente de obra e office boy, Lopes ingressou no Exército aos 22 anos, onde conheceu Jair Bolsonaro.

Após 12 anos nas Forças Armadas, Hélio Lopes entrou para a política, enfrentando desafios em sua jornada. Em 2018, associado à onda conservadora e ao apoio a Bolsonaro, tornou-se o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.

Crítico das ações afirmativas e do movimento negro, Lopes destaca a falta de reconhecimento por suas conquistas expressivas. Ele argumenta que, ao se tornar o mais votado, não recebeu apoio do movimento negro, evidenciando uma suposta polarização política na abordagem dessas questões.

O deputado também aborda a questão racial em sua vida política, mencionando um caso de injúria racial que resultou em denúncia, mas foi rejeitado pela Justiça. Ele enfatiza um suposto viés político nos casos envolvendo sua figura pública.

Hélio Lopes optou por não integrar a bancada negra da Câmara dos Deputados, afirmando respeitar o movimento negro, apesar de discordar de suas pautas. Para o deputado, não há racismo estrutural no Brasil, apenas casos esporádicos.

Ao final, ele nega ser usado por Bolsonaro para minimizar acusações de racismo contra o ex-presidente, enfatizando a relação fraternal entre os dois.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

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