Deputados acionam pastor Silas Malafaia para defender proibição de lei conjugal

Os parlamentares convidaram o líder religioso e o advogado Álvaro Klein, porém este se recusa a discutir a questão com Malafaia

Pastor Silas Malafaia | Reprodução
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Uma audiência programada para ocorrer neste mês na Câmara dos Deputados, que abordará a união poliamorosa, está causando polêmica antes mesmo de acontecer. Entre os convidados estão o pastor Silas Malafaia e o advogado Álvaro Klein, representante de um trisal reconhecido no Rio Grande do Sul. No entanto, em entrevista ao portal Metrópoles, Klein anunciou que não participará e alegou que parte do tema da audiência foi omitida quando foi convidado.

A audiência, agendada para 8 de novembro, tem como foco o Projeto de Lei (PL) 4.302/2016, que propõe a proibição do reconhecimento em cartório da "poligamia" (termo utilizado no texto para descrever esse tipo de união) no Brasil. O PL foi apresentado pelo deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), e a proposta da audiência pública é do deputado federal Francisco Eurico da Silva (PL-PE), conhecido como Pastor Eurico.

O advogado Álvaro Klein alega que foi convidado para a audiência pelo deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE) e afirmou: "Esse deputado me ligou perguntando se eu participaria de uma exposição, audiência pública, no âmbito do projeto de lei do poliamor. Dei uma olhada e pensei que não tinha o porquê de não participar, falei que podia". No entanto, ao receber informações de que o debate seria com Silas Malafaia sobre o projeto de proibição, Klein decidiu não participar, alegando que, como advogado, não poderia debater os direitos dessas pessoas.

Em agosto, a 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Novo Hamburgo (RS) reconheceu a união estável poliafetiva entre três pessoas para permitir que o filho de uma das mulheres tivesse os nomes das duas mães e do pai em seu registro. Álvaro Klein é o representante legal da família poliafetiva.

O advogado considera que discutir um projeto de proibição relacionado ao reconhecimento poliamoroso vai contra suas obrigações contratuais com o trisal, sendo, na sua visão, antiético comparecer a uma audiência com esse tema. "A ação judicial busca o reconhecimento do filho (...), foi para isso que fui contratado, foi uma limitação contratual que me impõe essa limitação. Não posso, como advogado do trisal, comparecer", afirmou Klein.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

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