Ex-escudeiros de Bolsonaro cumprem penas diferentes em meio a investigações

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, outros parceiros no governo de Jair Bolsonaro (PL), agora se veem em diferentes situações após se tornarem alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados aos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Ambos enfrentaram a prisão e, desde então, seus caminhos tomaram rumos distintos.

Anderson Torres, que passou 117 dias atrás das grades, foi libertado, mas ficou sob a conclusão dos inquéritos, com a obrigação de usar um tornozeleira eletrônica e comparecer semanalmente à Justiça por meio de videoconferência. O ex-ministro está proibido de se comunicar com outros investigados e de utilizar redes sociais, medida determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Recentemente, ele abdicou do uso de celular, segundo informações de um interlocutor. Fontes próximas relatam que Torres tem se mantido recluso em sua residência, localizada em um condomínio fechado em Brasília, dedicando-se principalmente a receber visitas familiares.

Enquanto isso, Mauro Cid enfrenta um cenário diferente. Durante sua detenção, suas visitas foram restritas apenas a defensores e familiares mais próximos devido ao elevado número de visitantes, especialmente militares, que receberam em curto período. Cid permaneceu encarcerado sem acusação formal, em uma situação de isolamento, o que afetou sua família. Seu pai, um general da reserva, tem buscado o apoio de seus contatos militares para tentar auxiliar na sua libertação.

Ambos ex-membros do governo Bolsonaro, tanto Torres quanto Cid têm enfrentado dificuldades distintas, e enquanto o ex-ministro aguarda a resolução dos inquéritos em liberdade, o ex-ajudante ainda busca esclarecer sua situação perante a reclamação que recaem sobre ele. O futuro da dupla permanece incerto, com cada um enfrentando suas batalhas legais e pessoais diante do avanço das questões.

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