O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desembarcou na manhã deste domingo (18) em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar de perto as investigações relacionadas à fuga de dois detentos da penitenciária federal de segurança máxima do estado. Acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal (PF), Gustavo Souza, a comitiva chegou à cidade por volta das 9h25, sendo recebida pela governadora do RN, Fátima Bezerra (PT).
Em coletiva de imprensa, o ministro destacou que o incidente em Mossoró é um "problema localizado" e não reflete problemas nas outras quatro penitenciárias federais do Brasil. Ele assegurou que a situação será "superada em breve".
A visita de Lewandowski ocorre no quinto dia das intensas buscas pelos fugitivos Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, ligados à facção Comando Vermelho. A dupla escapou da Penitenciária Federal de Mossoró na última quarta-feira (14), marcando a primeira fuga registrada desde a fundação do sistema penitenciário federal em 2006.
Os criminosos, que estavam detidos desde setembro de 2023, são acusados de terem feito uma família refém na área rural de Mossoró na última sexta-feira (16), levando alimentos e dois aparelhos celulares antes de deixarem o local.
Força-tarefa
Cerca de 300 agentes, incluindo profissionais da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e forças de segurança estaduais, participam da operação de busca, que conta com o apoio de três helicópteros e drones.
Os nomes dos fugitivos foram incluídos na lista vermelha da Interpol na última sexta-feira (16), facilitando a cooperação internacional na captura de criminosos procurados.
Ricardo Lewandowski, em entrevista na última quinta-feira (15), reiterou que a recaptura dos criminosos é uma prioridade do Ministério da Justiça. Anunciou ainda a implementação de medidas adicionais de segurança nas penitenciárias federais, incluindo a ampliação do sistema de alarmes, reforço de agentes de segurança, aperfeiçoamento do sistema de entradas com reconhecimento facial, e construção de muralhas.
O Ministério da Justiça informou que duas investigações estão em curso: uma administrativa, apurando eventuais responsáveis pelo ocorrido, e outra conduzida pela Polícia Federal, investigando possíveis crimes cometidos por agentes na fuga dos criminosos. As buscas continuam intensas na região.
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