Lewandowski decide 2h antes de aposentar que ato contra Moro fica no STF

Sucessor do ministro, que será indicado por Lula, irá herdar a ação na Corte. Moro e Dallagnol teriam se movimentado para tirar o processo do STF.

Lewandowski decide sobre ação de extorsão envolvendo Moro | Carlos Jr/STF
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Na noite de segunda-feira, 10 de abril, o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu que a apuração sobre a suposta tentativa de extorsão contra o advogado Rodrigo Tacla Duran será mantida no STF, atendendo à recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi tomada horas antes de Lewandowski deixar o STF e foi baseada no entendimento de que as acusações feitas por Tacla Duran atingem pessoas com foro privilegiado.

Tacla Duran havia sinalizado ao novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, que o ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro (União Brasil) e o atual deputado Deltan Dallagnol (Podemos) teriam tentado extorqui-lo. Os detalhes do depoimento de Tacla Duran estão em sigilo e foram usados pela PGR como argumento para manter o caso no STF.

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Lewandowski considerou ainda a posição da PGR sobre as ações de Moro enquanto ainda era ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro. O ministro do STF destacou a cronologia dos fatos expostos no depoimento de Tacla Duran, que apontam para uma possível interferência de Moro no julgamento dos processos envolvendo a Operação Lava Jato, mesmo após sua exoneração do cargo de juiz de direito e atos praticados na condição de ministro de Estado da Justiça.

Na semana anterior, Moro e Dallagnol haviam tentado tirar o caso das mãos do STF, mas a decisão de Lewandowski manteve a competência do STF para a tramitação do expediente. Moro e Dallagnol ainda não se posicionaram sobre a decisão do ministro.

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Com a saída de Lewandowski do STF, o caso será herdado pelo seu sucessor, indicado pelo presidente Lula, o que pode trazer novos desdobramentos para essa investigação que envolve figuras proeminentes da Operação Lava Jato e alegações de tentativa de extorsão por parte de Moro e Dallagnol, o que promete manter o caso em destaque na mídia e no cenário político brasileiro.



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