Lula e Campos Neto se encontram hoje sem consenso sobre juros

Durante meses, Lula tem expressado críticas à política de juros e à taxa básica de juros (Selic), sendo um tema recorrente em seus discursos

Lula e Campos Neto se encontram hoje sem consenso sobre juros | Reprodução
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Nesta quarta-feira, dia 27, o presidente Lula (PT), está agendado para se reunir com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Esse encontro marca o primeiro diálogo formal entre os dois desde que Lula assumiu a Presidência do Brasil em janeiro de 2023, embora já tenham se encontrado durante o período de transição no final do ano passado. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estará presente nessa reunião. Durante meses, Lula tem expressado críticas à política de juros e à taxa básica de juros (Selic), sendo um tema recorrente em seus discursos. Chegou a fazer críticas pessoais a Campos Neto, referindo-se a ele como "esse cidadão" e questionando suas motivações à frente do Banco Central, levantando dúvidas sobre se sua gestão estava voltada para beneficiar interesses de terceiros.

O encontro ocorre após a instituição realizar dois cortes seguidos na taxa Selic. O último foi feito no último dia 20. Seguindo a estratégia anunciada no encontro anterior, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano. Todos os nove integrantes votaram pelo corte. Assim como a do mandatário, a agenda de Campos Neto divulgada no início da noite desta terça-feira (26) também trouxe um registro da reunião, destinada, segundo a anotação do BC, a "tratar de assuntos governamentais".

A Folha de São Paulo revelou que, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto era uma presença constante no Palácio do Planalto. No entanto, desde que Lula reassumiu a Presidência, Campos Neto não é mais um visitante habitual da sede do governo. Durante a gestão Bolsonaro, ele desempenhou um papel ativo como conselheiro do Planalto, sendo consultado sobre uma variedade de assuntos que iam além da esfera econômica. No entanto, no governo de Lula, o presidente do BC passou a ser alvo de críticas.

Mesmo após a autonomia da instituição, que passou a vigorar em fevereiro de 2021, Campos Neto continuou participando de encontros ministeriais do governo Bolsonaro e fez dezenas de reuniões bilaterais com o ex-chefe do Executivo.

 (Com informações da Folhapress - Renato Machado e Nathalia Garcia)



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