Lula fará anúncio de incentivos à produção de automóveis sustentáveis

O presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT) anunciará nesta quinta-feira (25), durante cerimônia no Palácio do Planalto marcada para as 10h, um pacote de incentivos para reforçar a produção de carros nacionais sustentáveis, o foco do projeto será nos automóveis movidos a etanol.  

O anúncio ocorrerá durante uma cerimônia no Palácio do Planalto em comemoração ao Dia da Indústria, e contará com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB). 

Algumas das ideias estudadas para este incentivo é a redução nos impostos embutidos na compra desses carros, como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o uso de parte do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). A retomada da produção de carros com preços populares, deverá ficar para depois, pois o governo ainda precisa estruturar junto às montadoras, algumas medidas que auxiliem no barateamento deste tipo de produto.  

Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, já disse ser radicalmente contra o uso dos fundos para a compra de veículos. Na 1° reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão, que ocorreu no dia 4 de maio, Lula criticou o atual patamar de preços de carros no país.  

“Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90.000? Um carro de R$ 90.000 não é popular. É para classe média”, disse ele. A partir de então, o governo intensificou a articulação para montar um programa de redução desses valores, o incentivo à produção de carros elétricos não deve entrar neste pacote, por enquanto, pois a produção destes automóveis no país ainda é considerada muito cara.  

Mas o governo federal já negocia com montadoras, como a chinesa BYD, incentivos pontuais para o desenvolvimento de parques fabris. Na manhã de quarta-feira (24), Lula se reuniu com Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernado Haddad, para discutirem as propostas para o setor. Antes da conversa, Haddad disse que algumas das medidas previstas só poderão ser implementadas no próximo ano, por causa das atuais regras do arcabouço fiscal.