Lula vai discutir guerra entre Israel e Hamas com presidente do Egito

Esta é a primeira viagem internacional do presidente Lula neste ano.

Vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente Lula na Base Aérea de Brasília | Ricardo Stuckert
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Nesta terça-feira (13), o Itamaraty anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas com o presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sisi durante sua viagem ao Egito, além de assinar um acordo na área de bioenergia.

Lula partiu em direção ao Egito por volta das 14h20 desta terça, com uma escala programada em Cabo Verde antes de chegar ao Cairo, capital egípcia. Sua agenda oficial na cidade inclui compromissos públicos marcados apenas para a próxima quinta-feira (15).

Esta é a primeira viagem internacional do presidente Lula neste ano e a segunda visita de Lula a países africanos desde que assumiu a presidência da República. No ano passado, ele visitou África do Sul, Angola e São Tomé e Príncipe. Nesta nova série de viagens, o presidente planeja passar pelo Egito e pela Etiópia.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula destacou entre as diretrizes de seu programa de governo a intenção de "reconstruir" as relações entre o Brasil e os países africanos, uma área que seu antecessor, Jair Bolsonaro, não havia priorizado durante seu mandato (2019-2022).

Em 2022, antes mesmo de assumir a presidência, Lula esteve no Egito a convite do governo local para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Viagem ao Egito

Segundo o Itamaraty, a agenda de Lula no Cairo, na próxima quinta, prevê duas reuniões com Al-Sisi, das quais uma privada (entre os dois e intérpretes) e uma ampliada (da qual costumam participar integrantes dos dois governos).

Devem integrar a comitiva brasileira, além de Lula, a primeira-dama Janja; o chanceler Mauro Vieira; o assessor especial de Lula Celso Amorim; e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

Em comunicado divulgado à imprensa nesta terça, o Ministério das Relações Exteriores informou que os dois presidentes discutirão nos encontros as mudanças climáticas e a guerra entre Israel e o Hamas.

A guerra começou em outubro do ano passado, após o grupo terrorista atacar Israel. Milhares de pessoas morreram na região. Desde que o conflito começou, o Brasil repatriou cerca de 1,5 mil cidadãos que estavam na região de conflito e pediram ajuda ao governo para retornar ao país.

Desse grupo, 115 eram brasileiros que viviam na Faixa de Gaza — que faz fronteira com o Egito — e só puderam retornar ao país após o Egito abrir as fronteiras.

"O apoio do governo do Egito foi fundamental para a repatriação de 115 cidadãos brasileiros da Faixa de Gaza, por meio de três evacuações pela fronteira de Rafah, em 12 de novembro 2023 (32 pessoas), 9 de dezembro de 2023 (47 pessoas), 21 de dezembro 2023 (32 pessoas) e 8 de fevereiro de 2024 (4 pessoas), que seguiram para o Cairo antes de embarcarem para o Brasil", informou o Itamaraty.

Segundo informações do Ministério, está prevista a assinatura de acordos bilaterais entre os governos brasileiro e egípcio, abrangendo as áreas de bioenergia, ciência, tecnologia e inovação. Além dos encontros com o presidente Al-Sisi, Lula também realizará uma visita à sede da Liga Árabe, onde se encontrará com o secretário-geral Ahmed Aboul e proferirá um discurso aos representantes dos países membros do grupo.

Etiópia

Lula também deve passar pela Etiópia, onde deverá ter reuniões com autoridades locais e participar da Assembleia da União Africana. O grupo passou a integrar o G20, obtendo o mesmo status da União Europeia junto à entidade.

O Ministério das Relações Exteriores indicou que o discurso de Lula para a viagem ainda está em elaboração, mas ele enfatizará as oportunidades de colaboração entre países africanos e o Brasil. Durante a presidência brasileira do G20, os principais focos são a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global. Lula tem promovido a inclusão de um país africano no Conselho de Segurança da ONU, bem como a entrada do Brasil, Alemanha e Japão nesse órgão.



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