Moro e Dallagnol comandaram uma organização criminosa, diz ministro de Lula

Quando agentes da Lava Jato, os parlamentares usaram métodos irregulares para condenar o PT

Paulo Pimentel criticou atuação de Moro e Dallagnol | Reprodução
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que o ex-juiz, ex-ministro da Justiça - no governo de Jair Bolsonaro (PL) - e agora senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), e o ex-procurador que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR), "comandaram uma sofisticada organização criminosa". O ministro se refere à atuação parcial de Moro e Dallagnol durante a Operação Lava Jato em prol tanto da perseguição quanto da condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seus aliados.

Na noite desta sexta-feira (09), Pimentel usou suas redes sociais para comentar criticamente as trocas de mensagens entre o ex-juiz e o ex-procurador quando ocupavam pastas na Lava Jato, as quais foram divulgadas pelo site The Intercept Brasil, em 2019, dando início à Operação Spoofing.

Leia Mais

"Cada vez que mais conversas da Vaza Jato são divulgadas aumenta minha perplexidade e minha indignação de como o Brasil foi capturado por essa quadrilha de bandidos de togas. Moro e Deltan comandaram uma sofisticada organização criminosa com ramificações em vários setores do aparato do Estado brasileiro", escreveu Pimentel.

"Uma perigosa organização que nunca mediu limites e jamais teve escrúpulos para alcançar seu projeto de poder. Que todos sejam identificados e respondam exemplarmente pelos crimes cometidos contra a democracia. Nenhum tipo de impunidade pode ser tolerada contra esse bando e seus cúmplices!", completou.

Ainda na sexta, o Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe encaminhasse as provas da "Vaza Jato" - as mensagens hackeadas.

Com o pedido, Salomão busca levar o material vazado para ser investigado pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), nos setores da 13a Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional da 4a Região (TRF-4).

Amigos por ofício

Moro e Dallagnol possuem uma relação próxima de longa data. Eles trabalharam juntos durante a investigação contra Lula pela Operação Lava Jato: o senador estando à frente do cargo de juiz federal; e o ex-deputado, como procurador, coordenando a operação.

No mês passado, os dois foram denunciados por tentativa de extorsão pelo advogado Rodrigo Tacla Duran durante o exercício da Lava Jato. O advogado relatou que esteve na mira da operação por se recusar a aceitar ser 'extorquido'.

Segundo as acusações de Duran, advogados envolvidos na operação pediram a ele US$ 5 milhões para impedir sua prisão.

Além disso, o ex-deputado estadual pelo Paraná, Tony Garcia, disse que trabalhou em "parceria" com o Ministério Público Federal - na época, tendo influência de Moro e Dallagnol -, mas com suas contribuições mantidas sob sigilo.

De acordo com Garcia, ele quem era o delator da Lava Jato e peça fundamental no jogo de acusações que resultaram na prisão do ex-governador paranaense, Beto Richa; além de prestar serviços a Moro para conseguir informações comprometedoras a parlamentares filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES