Nesta terça-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca na Itália, em missão oficial, para se encontrar com líderes religiosos e políticos para a discussão de questões ambientais, econômicas e sociais.
Nesta quarta (21), o Executivo vai se reunir com o Papa Francisco. Porém, Lula e o chefe da Igreja Católica devem tratar de assuntos de interesse regional e global - dentre eles, subterfúgios para pôr fim na guerra entre Ucrânia e Rússia.
Fontes com acesso a informações do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) apontaram que o Vaticano pretende endossar os esforços do Planalto na tentativa de mediar a paz entre os países conflitantes.
O Papa também tenta promover a criação de linhas diretas com a Rússia, visando facilitar sua comunicação com Vladimir Putin. Com isso, o pontífice marcou reunião com Lula, visto que este pode ser o mediador entre as duas lideranças.
Um dia antes do encontro com o brasileiro, nesta terça-feira, o religioso recebeu o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Assim como Lula, Canel também possui interlocução diplomática com o presidente russo.
Apesar da neutralidade constante do Vaticano, esta não é a primeira vez que Francisco se mobiliza para se reunir com chefes de Estado em busca da paz.
No fim de maio, Lula e Papa se falaram via telefonema. Segundo o diário oficial do Vaticano "Il Messaggero", o Vigário de Cristo deu bênção para que Lula se tornasse um pacificador em questões relacionadas ao bloco econômico BRICS.
Da parte brasileira, integrantes das Relações Exteriores também comemoram o empenho entre Francisco e Lula. Acreditam que a ligação é importante na reconstrução da imagem e do protagonismo do Brasil no exterior.
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